Desde muito tempo que o 1º de abril ganhou o título de Dia da Mentira. Mas, quando que “mentirinhas”, invenções podem indicar algo preocupante e não apenas uma brincadeira com amigos e familiares? Numa sociedade de filtros e imagens alteradas; das narrativas com elementos não tão realísticos, a doutora em Psicologia Clínica e especialista em Educação Moderna, a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Nova Roma, Itala Daniela, alerta para um comportamento delicado que pode trazer sérias consequências: a Mitomania.
O vício de mentir ainda não está configurado como um transtorno específico, segundo o Manual de Diagnóstico Específico de Transtornos Mentais. No entanto, ele aparece como um dos sintomas do Transtorno de Conduta ou de Personalidade. “Para compreendermos o motivo que leva a pessoa a desenvolver esse hábito, é necessário observar o contexto de vida, familiar e social em que ela está inserida. Essa conduta pode ser uma forma de “preservação” de uma imagem, dado uma baixa autoestima, por exemplo”, pontua a psicóloga.
O mitomaníaco é a aquela pessoa que mente compulsivamente e se torna um “viciado” em contar inverdades. “Muitas vezes as pessoas já nem notam o quanto estão viciadas em mentir e apenas aqueles que o cercam conseguem perceber as irrealidades presentes na narrativa. Enquanto psicóloga clínica, eu costumo dizer que cada mentira contada revela a maior verdade de um ser humano, pois aponta aquilo que ele não está dando conta de ser e viver. Então ele cria na irrealidade”, explica a especialista, Itala Daniela. Ainda de acordo com ela, pessoas que apresentam esse tipo de comportamento, precisam de ajuda e devem ser conduzidas a um acompanhamento psicológico para que se evitem danos sociais e que ela não se mantenha dentro desse cenário de mentiras.
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