O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello corre o risco de sofrer condução coercitiva após ser flagrado recebendo a visita do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), em Brasília, na manhã desta quinta-feira (6).
Pazuello alegou que teve contato com dois contaminados pela Covid-19 e, por isso não prestou depoimento na CPI da Covid.
O jornal Estadão flagrou o momento em que Onyx e uma assessora do Palácio do Planalto saíram do encontro no Hotel de Trânsito de Oficiais, onde mora Pazuello, no Setor Militar Urbano.
Durante a sessão da CPI nesta tarde, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AL) questionou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre visitas a infectados pela Covid-19.
Em resposta, Queiroga afirmou que qualquer contaminado deve manter isolamento social.
Em seguida, Randolfe questionou a visita de Onyx a Pazuello e um senador apontou que a questão seria motivo de condução coercitiva. A sessão, então, foi interrompida.
Mentir para faltar à convocação de Comissão Parlamentar de Inquérito é considerado falta gravíssima.
Onyx deixou a área militar por volta das 10h da manhã. O encontro não constava na agenda pública do ministro da Secretaria-Geral. Naquele momento, segundo registro oficial do governo Jair Bolsonaro, ele participaria de reunião com o assessor José Vicente Santini no gabinete dentro do Palácio do Planalto.
A recomendação sanitária para pessoas que tiveram contato direto com casos confirmados é de se resguardar e manter medidas de isolamento por até 14 dias.
O Estadão apurou que, na prática, além de ter se reunido com Onyx, Pazuello tem mantido uma rotina de poucos cuidados nas dependências militares. Ele foi visto, também nesta quinta-feira, circulando pelo hotel sem máscara e usando o telefone da recepção para fazer chamadas.
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