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Governadores se comprometem no combate aos problemas ambientais

Publicado em: 29/10/2020 18:32 | Atualizado em: 29/10/2020 18:50

 (Foto: AFP )
Foto: AFP

A natureza grita, clama, pede, se debate por ajuda. Florestas sendo cruelmente queimadas, rios poluídos, entre outros problemas que assolam a Terra. É buscando soluções para essas problemáticas que diversos governadores do Brasil, incluindo Paulo Câmara (PSB), se uniram virtualmente, ontem, no I Encontro Internacional Governadores pelo Clima, em benefício de uma nação. Através da carta, os chefes dos executivos estaduais assumiram o compromisso com os tratamentos das problemáticas ambientais. No total, 20 governadores e representantes estaduais participaram. Já oficializaram as assinaturas, os governadores do Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.


Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), no início de outubro, apontam que 964 quilômetros quadrados da Amazônia Legal - área delimitada pelo Governo que contempla nove Estados brasileiros com vegetação amazônica e corresponde até 59% do território do país - estiveram sob alerta de desmatamento em setembro. De acordo com estes dados, este é o segundo pior número desde quando o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) iniciou os alertas sobre a cobertura florestal, no ano de 2015.   


Durante o encontro, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, reforçou a importância da participação dos estados brasileiros na luta contra as problemáticas ambientais. “"Os estados brasileiros compartilham de uma responsabilidade comum para com as próximas gerações: a de garantir um ambiente mais seguro e responsável. A defesa de uma sociedade ambientalmente sustentável e socialmente justa. É o grande desafio e nós não podemos perder de vista", destacou Paulo. 


Além dos problemas e danos ambientais, a união entre os governadores tem como finalidade cumprir o Acordo de Paris. Em entrevista ao Diario, o articulador político do Centro Brasil no Clima (CBC), coordenador da realização no Brasil e ex-secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, destacou a importância da integralização política dos estados brasileiros. “Esse elo é muito importante para interligar às diversas ações, ideias, forças políticas, conhecimento e ações práticas. Até mesmo porque, além das queimadas que estão fazendo com que o Brasil venha sendo visto com olhos não tão bons, o mundo precisa cumprir o acordo firmado e precisa garantir melhorias para a próxima geração”, destacou. 


A redução das emissões de gases de efeito estufa, a criação de empregos sustentáveis e a conservação dos recursos naturais são algumas das diretrizes que guiam a carta. De acordo com diretor executivo do Centro Brasil no Clima - CBC, Guilherme Syrkis “um dos nossos pilares tem sido auxiliar atores subnacionais para elaborar propostas e captar recursos de fundos internacionais, visando preservar nossas florestas do desmatamento ilegal e das queimadas”.


O diretor ressalta ainda a importância da Floresta Amazônica. “Nossas florestas são imprescindíveis para a estabilidade climática global. Vários países estão dispostos a investir na preservação por meio do instrumento de Pagamentos por Serviços Ambientais - PSA. O mecanismo já é aplicado em muitos lugares, tornando as florestas ativos financeiros vivos e elevando a renda das comunidades que preservam o meio ambiente”, finalizou. 


Participaram também Ignacio Ybañez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil; Yvon Slingenberg, diretora de Ação Climática da Comissão Europeia, e Jerry Brown, ex-governador da Califórnia (EUA), além de Israel Klabin, associado e membro-fundador do CBC.

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