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INVESTIGAÇÕES

Dados do celular de Márcia Aguiar indicam três abrigos de Queiroz ligados a Wassef

Publicado em: 03/07/2020 13:02

 (Foto: Divulgação/Redes Sociais)
Foto: Divulgação/Redes Sociais
Dados do celular de Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz que está foragida há duas semanas com a prisão preventiva decretada, mostram que ex-assessor passou por pelo menos três cidades e endereços ligados a Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro.

O aparelho de Márcia foi apreendido em dezembro do ano passado pelo Ministério Público do Rio.

Queiroz foi preso num sítio em Atibaia registrado por Wassef como escritório. O advogado, então, alegou que o abrigo dado a Queiroz foi por uma "questão humanitária".

Caminho percorrido 
Em 18 de dezembro de 2018, Márcia e Queiroz chegaram no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. Através de imagens e de informações como conexões em redes de wi-fi, o MP construiu um mapa de deslocamento da investigada.

Dois meses depois, no fim de fevereiro de 2019, o celular de Márcia começou a registrar sua presença no Guarujá, no litoral. O apartamento de 200 metros quadrados na praia de Pitangueiras pertence à família de Wassef, de acordo com informações do Jornal da Band.

Ao longo de 2019, Márcia, morando no Rio, visitou o marido diversas vezes. Depois dos quatro meses em que há indícios seus no Guarujá, foram a Atibaia, no interior paulista. Lá, os registros começam a aparecer em 27 de junho, quase um ano antes da prisão de Queiroz.

Apesar do paradeiro, Queiroz não deixava de ir ao Rio visitar a família ou a São Paulo para compromissos médicos. As idas à capital paulista incluíram, em agosto, um passeio pela Rua Augusta.

Já no dia 23 de novembro, Márcia recebeu uma mensagem de Queiroz dizendo que ele e o filho Felipe estavam no apartamento do "Anjo", como era chamado Wassef nas conversas.

Com base nessas informações, há indícios de que pelo menos três endereços vinculados a Wassef tenham servido de abrigo para Queiroz.

Wassef afirmou que Queiroz “nunca passou uma noite em imóvel meu em São Paulo capital”. Ele classifica as informações como “clandestinas” e o vazamento como "criminoso."
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