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Humberto Costa apresenta projeto para garantir auxílio às mães solteiras

Publicado em: 29/05/2020 17:42

 (Senador Humberto Costa apresentou projeto nesta sexta-feira. Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)
Senador Humberto Costa apresentou projeto nesta sexta-feira. Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou um projeto nesta sexta-feira (29) que tem como objetivo proteger as mulheres que chefiam família monoparentais e  dependem do auxílio emergencial durante a pandemia. A intenção do petista é evitar fraudes, que segundo ele, são cometidas por pais separados que não detêm a guarda dos  filhos. 

 

O parlamentar lembra que, previsto igualmente a  mães e pais que comandam sozinhos seus lares pela Lei nº 13.998/20, o  benefício, que é pago em duas cotas mensais para situações dessa  natureza, foi objeto de irregularidades praticadas por muitos homens  que, mesmo distante dos filhos, cadastraram os CPFs dos menores como  seus dependentes e sacaram o auxílio antes das mães responsáveis pela  guarda.

 

O Projeto de Lei nº 2839/20, elaborado  por Humberto, estabelece que, independentemente de terem registrado no  CPF os menores como dependentes, todos os homens terão de fazer prova  legal da guarda dos filhos para poderem fazer jus ao auxílio  emergencial. Às mães, fica assegurado o direito das duas cotas sem  necessidade de comprovação da guarda e mesmo que o CPF dos dependentes  esteja vinculado ao pai.

 

"O Congresso, de  maneira muito acertada, tentou promover a igualdade legal a homens e  mulheres que comandam famílias monoparentais. Infelizmente, muitos  homens se aproveitaram disso para sacar o auxílio em proveito próprio.  Quando as mães iam à Caixa Econômica retirar o benefício, descobriam que  ele já tinha sido sacado e ficavam a ver navios", explicou Humberto.
 "Meu projeto, então, vem corrigir essa distorção e dar às mulheres, que  comandam a imensa maioria das famílias nessa situação, mais segurança em  todo o processo", acrescentou o petista.

 

Segundo dados do IBGE, o  Brasil tem hoje 11,6 milhões de famílias monoparentais providas por  mulheres, sendo 7,1 milhões delas por mulheres negras. Como em casos  dessa natureza é quase uma regra o comando do lar pela mulher, fica  obrigado ao homem que se declarar nessa condição fazer prova da guarda  dos filhos, como instrumento para impedir as fraudes e o prejuízo das  chamadas mães "solo".


"Como o homem que comanda sozinho uma família é  exceção, a gente tem de arrumar mecanismos que resguardem a parte mais  fraca da sociedade, que ainda é a mulher. A promoção de igualdade tem  esse sentido", justificou Humberto. O senador lembra, ainda, que todas as  pessoas que receberem o benefício mediante fraude, como os homens que  não detêm a guarda dos filhos, podem ser alvos de inquérito policial por  falsidade ideológica. A pena, nesses casos, é de um a cinco anos de  reclusão, e multa.

 

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