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ALIANÇA PELO BRASIL

Bolsonaro vê 'dificuldades' para presidir novo partido, diz porta-voz

Publicado em: 19/11/2019 21:37

 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O porta-voz da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou na noite desta terça-feira (19) que o presidente Jair Bolsonaro vê "dificuldades" em assumir a liderança do partido que pretende fundar, o "Aliança pelo Brasil". Caso o chefe do Executivo seja também o presidente da nova sigla, acumularia os dois cargos.

Questionado se o filho, o senador Flávio Bolsonaro, poderia então ser indicado como mandante do novo partido, o porta-voz ressaltou que é necessário aguardar a reunião de convenção que ocorrerá na próxima quinta-feira (21), onde serão decididas as lideranças.

"O presidente participará da convenção do futuro partido ‘Aliança pelo Brasil’ na quinta-feira (21) na parte da manhã e destacou que está disponível a ajudar na construção dessa legenda em prol do povo brasileiro e de um novo projeto político para o país. Há pouco estávamos conversando e ele destacou que, embora colocando-se à disposição (de ser líder do próprio partido) ele vê algumas dificuldades em sendo presidente, líder do poder Executivo, também levar adiante a direção de sua nova  legenda, mas não descartou essa possibilidade", apontou.

Sobre o motivo em adiar a entrega da reforma administrativa, Rêgo Barros, disse que Bolsonaro determinou o aprofundamento dos estudos e reflexos da proposta da reforma administrativa junto ao ministério da Economia, antes de enviá-la ao Congresso.

Bolsonaro assinou na tarde desta terça-feira (19) o pedido de desfiliação do PSL. No último dia 12, Bolsonaro anunciou a saída da sigla, mas o documento ainda não havia sido assinado. O chefe do Executivo pretende agora concentrar forças na fundação do novo partido, o Aliança pelo Brasil, no qual deve ser o mandante.

De acordo com os advogados do presidente, Admar Gonzaga e Karina Kufa, caso queira, Bolsonaro está apto para assumir a presidência do Aliança. "Sim. Não tem nenhum impedimento legal".

Na última segunda-feira (12), o presidente havia afirmado que provavelmente seria o líder do partido que pretende fundar. "Eu acho que sim", disse.

Questionado a respeito da sobrecarga de cargos caso também seja o presidente do novo partido e se o filho, Flávio, poderia ser escolhido como líder da sigla, ele respondeu: "Eu não vou discutir o partido. Está previsto quinta-feira, dia 21, a gente lançar a pedra fundamental do partido", concluiu. 
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