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Nesta segunda-feira (7), o Coronel Meira, o Grupo Docentes pela Liberdade e o Escritório Beviláqua Pinto Albuquerque entraram com uma Ação Popular na Justiça Federal com o intuito de dissolver a Lista Tríplice elaborada pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Para o grupo que entrou com a ação, as alterações no Estatuto beneficiaram o professor Alfredo Macêdo Gomes, do Centro de Educação, e, por isso, exigem o cancelamento do pleito. Além disso, consideram que a votação da lista tríplice não foi respeitada porque o segundo e terceiro colocados da disputa ficaram de fora. Estes foram substituídos por dois membros do mesmo conselho, professor Ricardo Medeiros, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, e Sérgio Abranches, do Centro de Educação - que o grupo avalia como professores “laranjas”.
O professor Alfredo Macêdo foi escolhido pela comunidade universitária através de consulta acadêmica. Entretanto, isso não significa necessariamente que o docente irá assumir a reitoria da UFPE. Ele integra a lista com três nomes, a chamada Lista Tríplice, que será encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). O órgão é responsável por indicar o novo Reitor.
Como forma de respeitar a autonomia das universidades, existe uma “tradição” do MEC indicar o vencedor da consulta, entretanto essa escolha depende dos novos critérios do ministério. Caso esse tipo de prática for alterado, não será a primeira vez, já que, em agosto, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o terceiro colocado na Lista Tríplice, o professor de Direito e advogado criminalista Cândido Albuquerque, para reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC). A instituição foi a primeira do Nordeste a rejeitar o programa Future-se, do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A partir deste domingo (13), a UFPE vai deixar de ser conduzida pelo engenheiro civil Anísio Brasileiro, que está no cargo de reitor desde 2011. O MEC informou nesta segunda que a nomeação do novo reitor deve sair até o fim desta semana, não especificando quem será o escolhido.
O Coronel Meira, um dos nomes à frente da ação que busca dissolver a Lista Tríplice, foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018, mas não foi eleito. O ex-comandante da Polícia Militar também é irmão do ex-prefeito de Camaragibe Demóstenes Meira, afastado do cargo por investigação de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.