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RIO DE JANEIRO

Witzel lamenta morte de Ágatha, a relaciona com crime organização e critica oposição

Publicado em: 23/09/2019 15:48

Foto: Daniel Ramalho/AFP
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) lamentou a morte da criança Ágatha Félix, de 8 anos, baleada nas costas dentro do Conjunto de Favelas do Alemão. Witzel culpou o crime organizado, mas destacou a redução dos crimes no Estado. 

"A dor de uma família não se consegue expressar. Eu também sou pai e tenho uma filha de 9 anos. Não posso dizer que sei o tamanho da dor que os pais da menina estão sentindo. Jamais gostaria de passar por um momento como esse. Tem sido difícil ver a dor das famílias que tem seus entes queridos mortos pelo crime organizado", disse o governador a lembrar da morte da jovem. "Eu presto minha solidariedade aos pais da menina Ágatha. Que Deus abençoe o anjo que nos deixou", completou.

Witzel afirmou estar em contato com as autoridades para que haja agilidade nas investigações: "Liguei para os secretários de polícia determinando o rigor e a celeridade nas investigações. Eu confio no trabalho das polícias e do MP".

O governador afirma que tem como missão "resgatar o Estado do Rio das mãos do crime organizado", e segundo ele, o resultado está aparecendo de forma satisfatória. "O narcotráfico utiliza as comunidades como escudo. Atiram em policiais e nas pessoas. O crime organizado tem mantido a barbárie como uma de suas bandeiras. Nós estamos conseguindo combater porque os policiais militares e civis estão trabalhando", disse. 

Wilson Witzel destaca também a redução de crimes de homicídio no estado e defende a política de segurança adotada. "Se não estivéssemos trabalhando como estamos trabalhando nos teríamos cerca de outras 800 mortes", comenta o governador. "O crime organizado tem mantido a barbárie como uma de suas bandeiras. Nós estamos conseguindo combater porque os policiais militares e civis estão trabalhando", conclui.

Ao fim da entrevista, perguntado sobre o que diria para a família de Ágatha, ele ficou emocionado: “Olhando a minha filha você acha que não choro, pensando na dor de qualquer pai, qualquer mãe que perca [o seu filho]. Eu sou pai, eu tenho meus filhos em casa, eu olho para eles deitados na cama e penso. Amanhã, aquela mãe não vai ter o filho deitado na cama, para poder olhar, para poder acariciar, passar a mão no cabelo. Você acha que que não penso nisso ? Não sou um desalmado. Eu sou uma pessoa de sentimento. Eu sou uma pessoa como qualquer um de nós aqui. Agora, não é porque nós temos um fato terrível como esse que vamos parar o Estado".

Por fim, Witzel acaba criticando a postura da oposição diante do ocorrido. "Entendi que a melhor forma de agir diante do volume que atingiu o caso nacional e internacional, impactando inclusive em questões políticas que não tem a ver com o fato, como o pacote anti-crime do ministro Sérgio Moro, ou seja, a oposição está fazendo palanque político em cima do fato."
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