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Moro: é falácia dizer que combate à corrupção prejudica produtividade da economia

Publicado em: 05/07/2019 13:00 | Atualizado em: 05/07/2019 13:06

Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu nesta sexta-feira, 5, a atuação da Lava Jato no combate à corrupção, contestando a argumentação de que a operação foi negativa para a economia, pelos efeitos em empresas envolvidas nas investigações. 

"Isso é uma falácia. O combate à corrupção é sempre positivo, sempre vai levar no curto, no médio e no longo prazo para benefícios para a economia", disse o ministro, que foi juiz da Lava Jato em primeira instância.

Moro, contudo, disse que é possível aprimorar as formas de combate à corrupção. O ex-juiz também rejeitou a tese de que a Lava Jato quebrou empresas, pois os investigados eram pessoas físicas. "Os acordos feitos foram feitos com propósito de manter as empresas", disse o ministro na capital paulista, em evento da XP Investimentos.

Moro sugeriu, inclusive, que os dirigentes de empresas que estejam envolvidos em atos de corrupção busquem preservar as empresas.

Campanhas eleitorais
O ministro da Justiça declarou acreditaa que houve diminuição no uso do caixa 2 para campanhas eleitorais entre de 2014 e 2018, embora tenha reconhecido que esta é uma "zona cinzenta, difícil de dimensionar". "A percepção geral no mundo político, e na imprensa, é de que houve diminuição de recursos financeiros empregados em campanhas, seja no oficial ou no caixa 2", disse ele nesta sexta-feira, 5, em evento da XP Investimentos. "As campanhas, inclusive, pareceram mais modestas em 2018", acrescentou. 

Moro reconheceu que democracias de massa exigem dinheiro para as campanhas, mas disse que a questão é como esses recursos serão empregados. Uma das críticas de Moro foi a pessoas que doam tanto para um partido quanto para outro. "Não se pode doar tanto para Deus quanto para o diabo", disse.

Em seguida, o ministro quis deixar claro que usou Deus e o diabo como uma metáfora. "Isso foi uma piada. Vivemos uma era de sensibilidades extremadas", disse.
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