Politica

PT vai recorrer contra decreto de posse de armas, diz Humberto Costa

A legenda decidiu enfrentar a proposta de posse de arma que será assinada hoje pelo novo presidente

Foto: Ricardo Stukert

"A gente entende que esse é um tema que não pode ser objeto de um decreto, é um tema que envolve a preservação da vida", declarou o senador, frisando que o decreto idealizado fere a Constituição Federal. O presidente quer fazer uma modificação no Estatuto do Desarmamento, aprovado por um plebiscito, sem debate. "Nós vamos levantar vários questionamentos sobre isso", acrescentou.

No encontro do PT, Humberto Costa também defendeu que o partido contemple temas de desenvolvimento regional, de modo que o Nordeste também seja discutido pelo PT e esteja entre as prioridades. Segundo ele, em 14 dias de gestão, duas semanas ao todo, Bolsonaro não apresentou qualquer proposta relativa à região nordestina, nem tão pouco políticas públicas, o que frustra a expectativa regional.  "Os estados estão mergulhados numa intensa crise financeira. Estamos diante do momento em que o Nordeste precisa de políticas específicas e estímulos mais fortes para manter um crescimento consistente. Não observamos um cenário que nos contemple", declarou.

De acordo com o senador, também foram discutidas questões práticas no encontro, como a montagem do observatório da democracia, que terá a presença da fundação de sete partidos integrantes do bloco de oposição ao novo governo. PT, PSB, PDT, PSol, PROS, Solidariedade e PCdoB compõem esse observatório que também tratará de políticas sociais, direitos e garantias individuais. 

Para o petista, o governo Bolsonaro mergulhou num excesso de erros e tropeços, ao propor medidas que atentam contra os interesses da população, como a ampliação da reforma trabalhista. "Conversaremos com todos os partidos de esquerda e centro-esquerda para ampliar essa frente em defesa dos direitos do cidadão", disse.

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