No primeiro debate, o pedetista ganhou visibilidade após dizer que uma das principais propostas do governo dele é a de ajudar a limpar o nome dos 63 milhões de brasileiros que estão no SPC. Este é o terceiro ano em que ele concorrerá a presidência. Ele foi candidato nos anos de 1998 e 2002.
O candidato do PSDB tem com prioridade a retomada do emprego no Brasil. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou voto nas redes sociais para Alckmin. Nesta sexta-feira, o presidenciável afirmou que rejeita aliança com radicais.
O senador Álvaro Dias, do partido Podemos, registrou candidatura na última qterça-feira. Apesar de ter começado o discurso com a frase "não sou político" ele é ex- governador do Paraná e Senador reeleito em 2014.
No primeiro bloco, os candidatos ao Palácio do Planalto disseram os motivos pelos quais deveriam ser presidentes. O candidato do MDB, Henrique Meirelles afirmou que ajudou a gerar 10 milhões de empregos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidenciável ressaltou ainda que voltou ao governo petista no período da gestão Dilma para consertar a "bagunça deixada por Rousseff". Em sua fala, ele não citou o atual presidente Michel Temer, que é do mesmo partido que ele, e ainda estourou o tempo.
O primeiro candidato a fazer perguntas foi o pedetista Ciro Gomes, que fez perguntas para Geraldo Alckmin. "O senhor candidato da república revogaria a PEC do tetos dos gastos?" Geraldo Alckmin acusou o governo petista pela crise financeira do país. "Governar é escolher", afirmou o candidato à presidência pelo PSDB.
Mais uma vez os dois protagonizaram um debate voltado para a economia. Na Band, Ciro Gomes argumentou sobre a previdência. Nesta noite, ele trouxe a PEC do teto dos gastos. Ciro tentou jogar pra Alckmin a responsabilidade das medidas de Temer, já que o PSDB apoiou as duas. Sobre a previdência, Alckmin assumiu e disse que fará.
No segundo bloco,jornalistas presentes no segundo debate, fizeram perguntas para um candidato enquanto outro comentava sobre a resposta.
Tiro, porrada e bomba foi a resposta de Guilherme Boulos sobre a segurança pública do país. Quem comentou sobre a resposta dele foi Cabo Daciolo. "O que foi feito nos últimos 30 anos foi tiro, porrada e boma e não se investiu em inteligência. Vamos enfrentar o crime organizado de verdade. O comando dele não está no barraco de favela. Está mais perto da praça dos três poderes. Investir em inteligência e prevenção é o grande caminho".
Daciolo respondeu que a intervenção no Rio de Janeiro é uma mentira. Ele afirmou que "Não vamos permitir o sucateamento das forças armadas. Temos que trabalhar em prevenção. Tinham que intervir também na saúde, na educação".
Jair Bolsonaro respondeu sobre orçamento, encargos da dívida e juros, quem comentou a resposta foi o pedetista Ciro Gomes. Bolsonaro respondeu que "meus economistas dizem que tem solução, mas será muito difícil atender a meta. Privatizações, abrir o comércio exterior com o mundo todo, facilitar para se abrir empresas, diminuir encargos trabalhistas, fazer com que empregado e patrão sejam amigos e não inimigos", afirmou Bolsonaro. Ciro, por outro lado, discordou do candidato afirmando que "O que tem que ser feito é ter clareza. Hoje mais da metade do orçamento vai para a rolagem da dívida. Por isso que propus debate sobre teto de gastos. É preciso cortar em juros", disse Ciro.
Ciro Gomes respondeu sobre política industrial, com comentário de Geraldo Alckmin. "Nenhum país do mundo aceita destruir indústria como nós. Está terminando o tempo e eu volto outra hora (Ciro usou seu tempo para falar de outro tema, respondendo Alckmin)", disse Ciro. Sobre a resposta de Ciro, Alckmin enfatizou: "Nossa tarefa agora é emprego, emprego, emprego e renda".
"Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência", diz Marina a Bolsonaro
No terceiro bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas uns aos outros. Em alguns momentos, o debate teve troca de farpas entre os presidencíaveis. Um deles foi quando Bolsonaro questionou Marina sobre a liberação da venda de armas de fogo. “Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência”, afirmou Marina. O deputado rebateu: “Temos aqui uma evangélica que defende o aborto e a liberação das drogas”.
Antes disso, o candidato do MDB Henrique Meirelles afirmou que não seguirá a prática dos governos que participou (Lula e Michel Temer), e que a sua gestão não adotará o loteamento de cargos. Logo depois da afirmação, Bolsonaro rebateu que “seu partido, o MDB, é o símbolo do toma-lá-dá-cá, o partido (que Meirelles faz parte) nunca abriu mão de abocanhar mais e mais cargos”. Meirelles então questionou se Bolsonaro havia mudado de opinião sobre as mulheres ganharem menos. O candidato pelo PSL afirmou que é mentira que tenha defendido salários diferentes entre homens e mulheres algum dia. "a CLT já está previsto que a mulher receba o mesmo que os homens. Não temos que nos preocupar com isso. A mulher terá papel de destaque no meu governo, principalmente no tocante a segurança pública”. Ele engatou pedindo para que Meirelles não buscassem ganhar simpatia das mulheres. “Não vamos usar as mulheres para nos dividir, como foi a prática dos últimos governos”, ressaltou.
Trocando um pouco o cenário, Ciro perguntou a Alckmin sobre o alto número de indústrias fechadas no país e no estado de São Paulo nos últimos anos. "Em três anos, o Brasil fechou 13 mil indústrias, sendo 4 mil delas em São Paulo. Não há nada parecido no mundo”. O tucano afirmou que é preciso uma melhor gestão por parte do poder público. “A base de tudo é a questão fiscal, falou Alckmin. O governo gasta mal, com um estado inchado. Nós vamos fazer uma política fiscal austera, rever incentivos, trazer investimentos para o Brasil”, afirmou Alckmin.
Bloco final
No último bloco, os candidatos disseram as propostas e aproveitaram para fazer o agradecimento final. Em seu discurso, Alckmin afirmou que "Dos 50 tons de Temer, 40 são vermelhos, do PT. Mas vou trazer palavra de esperança. O Brasil tem pressa para que funcione, para fazer as reformas que precisa". Apesar de veterano nos debates, ele estourou o tempo na última fala.
Meirelles aproveitou para tentar cravar seu slogan da campanha "Chama Meirelles". "Voltei ao Brasil porque fui chamado para comandar a economia. Chama o Meirelles que eu volto para fazer o Brasil crescer", disse o presidenciável.
Em agradecimento, Ciro Gomes afirmou que "se você acha que o Brasil precisa mudar, estamos juntos nessa batalha. Revogar esta vergonha que é o teto de gastos do banqueiros".
Marina Silva encerrou dizendo que "Temos que nos conectar com o propósito de que nenhuma mulher seja subestimada, nenhum jovem morra a caminho da escola, ninguém com cargo público se enconda com foro privilegiado do crime que cometeu".
Guilherme Boulos aproveitou os agradecimentos para pedir voto para o número da legenda. Além disso, ele alfinetou Alckmin. "A carapuça dos 50 tons de Temer serviu ao Geraldo Alckmin. Aqui tem outro jeito de fazer política, com olho no olho. Não se deixe enganar. Mudança de verdade é aqui", ressaltou.
Álvaro Dias também utilizou do tempo para reafirmar o slogan de campanha "Abra o olho". "Quero pedir a você que abra o olho. A tentativa de generalizar na política é burro. Não aceito. Queremos substituir esse sistema com a refundação da república", disse,
Bolsonaro afirmou que o Brasil precisa de um presidente patriota e que afaste o fantasma do comunismo. "Juntos podemos fazer um Brasil diferente e melhor para todos".
Daciolo pediu para quem votou nulo, branco e abstenção, desse uma oportunidade para sua campanha. "Juntos somos fortes. Nenhum passo daremos atrás", enfatizou.