As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria - por conter dados sigilosos, a íntegra do acordo firmado com a Argentina não pode ser divulgado.
A assinatura do documento, ocorrida na sexta-feira, 13, é resultado do trabalho da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal (SCI/MPF).
Nos últimos seis meses, Cristina Romanó, que está à frente da SCI, intensificou as negociações. O objetivo era conseguir que os países chegassem a um entendimento comum sobre os termos da cooperação jurídica.
A Argentina estava resistente em conceder imunidade aos delatores em troca das informações, mas esse ponto foi superado graças às gestões da SCI.
"Depois de um trabalho longo de negociação e diálogo entre a SCI e autoridades argentinas, conseguimos chegar a um acordo para que as delações envolvendo corrupção na Argentina possam ser disponibilizadas aos procuradores de lá. Trata-se de um enorme avanço na relação de cooperação jurídica internacional entre os dois países e mais um grande passo na luta contra a corrupção", destaca Cristina Romanó.
Ela diz que o documento foi finalizado de forma a proteger os colaboradores e o conteúdo dos acordos celebrados no Brasil.