Celebra-se nesta quarta-feira (21), em todo o mundo, o Dia Internacional da Síndrome de Down, data criada para dar voz e visibilidade às pessoas que nasceram com a síndrome e defender o direito delas à inclusão, combatendo a ignorância e a discriminação. Por coincidência, tivemos no Brasil, nos últimos dias, um caso que diz respeito a esses princípios, envolvendo a desembargadora Marília Castro Neves Vieira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, segundo informa matéria publicada ontem no El País Brasil com o título “Desembargadora que ofendeu Marielle criticou Zumbi dos Palmares e pediu fuzilamento de Jean Wyllis”.
Eis trecho da matéria: “Em um grupo fechado do Facebook intitulado ‘Juízes’, Vieira debochou de pessoas com síndrome de Down. A desembargadora diz ter ouvido no rádio que ‘o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de Down!!!’. Ela continua: ‘Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem? (sic) Esperem um momento que fui ali me matar e já volto, tá?’”.
A postagem gerou reações, inclusive da professora citada, Débora Araújo Seabra de Moura, que em carta do próprio punho escreveu: “Eu ensino muitas coisas às crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito às outras. Aceitem as diferenças de cada uma. Ajudem a quem precisa mais”. E concluiu: “O que eu acho mais importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo pra acabar com o preconceito porque é crime. Quem discrimina é criminoso!”.