Um plano de sucessão bem executado demanda tempo e exige dedicação dos envolvidos – sucedido e sucessor. Mesmo quando bem estruturado, ele pode levar em torno de dez anos para consolidar a transição. Por essas razões, o processo precisa ser pensado e iniciado com antecedência e enquanto quem será sucedido está em boas condições de trabalho, pois será o protagonista da formação da próxima liderança.
Além disso, é interessante marcar o momento da “passagem do bastão” com um evento que tenha data para acontecer, simbolizando o fechamento de um ciclo e início de outro. Desta forma, fica mais fácil para todos os envolvidos assumirem seus novos papéis. Outro ponto que facilita o processo de transição é o fato do sucedido ter planos para o futuro, que podem ser relacionados ou não aos negócios familiares. O importante é que sejam atraentes e mobilizadores para que se sinta produtivo e realizado.
Feita a transição, recomenda-se que o sucedido continue, pelo menos por um tempo, desempenhando um papel de mentor do seu sucessor, de modo a acompanhar a atuação do novo gestor de forma discreta, sugerindo alternativas, quando necessário, mas sem fazer intervenções diretas ou desfazendo o que foi realizado pela nova liderança. Isso porque quem está no comando deve ter a liberdade para agir da sua própria maneira e até mesmo de errar algumas vezes, desde que aprenda com os erros.