Entre os setores que contribuíram para esse resultado, o destaque fica com a indústria. De julho a setembro, o desempenho da produção industrial teve alta de 0,8%. O segmento de transformação cresceu 1,4%. Ou seja, o aumento da produção acompanhou a redução do desemprego, que devolveu às famílias poder de consumo, e evitou que faltasse mercadorias no varejo, o que poderia interromper a queda da inflação, em caso de maior procura e menor oferta.
Com a inflação sob controle, estão dadas as condições para o Banco Central continuar reduzindo a taxa de juros, hoje fixada em 7,5% ao ano. A próxima reunião ocorrerá na semana que vem. A expectativa dos especialistas e do mercado é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) imponha mais uma queda à Selic, consoante com a política de afrouxamento monetário.
Confirmada a tendência, o crédito fica mais barato e estimula a sua procura pelos empresários, abrindo campo para novos investimentos, ou desenvolvimento de projetos até então em compasso de espera.
Em queda desde 2013, os investimentos tiveram alta de 1,6%. Isso mostra que as empresas estão reagindo, positivamente, à política econômica em curso, após mais de três anos de recessão, que levou 14 milhões de trabalhadores às filas em busca de uma oportunidade. Hoje, 12,7 milhões ainda estão desocupados. A informalidade deu contribuição importante para aplacar a chaga do desemprego. Mas, aos poucos, os trabalhadores estão conseguindo voltar ao mercado formal, que oferece vagas de melhor qualidade.