O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se prepara para a delação premiada que pretente fechar com a Lava-Jato e acumula textos com informações primordiais para o avanço da investigação. Procuradores da força-tarefa acompanham de perto a direção dos textos, que já chegam em 100 anexos. Conversando com os advogados do peemedebista, eles também indicam que os relatório apontam acusações para o atual Presidente da República Michel Temer.
Cunha é um dos réus na Justiça Federal devido à suposta cobrança e recebimento de propina. Em 2016, ele também liderou o movimento que deu força ao impeachment de Dilma Rousseff. O ex-presidente da Câmara dos Deputados foi preso em Curitiba, condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Junto às delações do doleiro Lúcio Funaro, os textos podem agrupar a segunda denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve entregar ao STF. A situação agrava ainda mais o governo Temer.