O resultado das eleições só serão conhecidos no próximo domingo, mas uma coisa é certa: em janeiro de 2017 a cidade de Terra Nova, no Sertão de Pernambuco, empossará a primeira prefeita de sua história. O município, que fica há 554 quilômetros do Recife, é o único do estado onde apenas mulheres disputam a vaga. Em todo país, outras 55 cidades de 16 estados, têm apenas candidatas concorrendo às prefeituras, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
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Terra Nova é única cidade pernambucana onde só mulheres concorrem à prefeitura
Segundo lista do TSE, outros 55 municípios têm o mesmo cenário em todo país
Confira um mapa da representatividade feminina nas câmaras legislativas da RMR.
Aline Freire (PR) e Naiara Cabeleireira (PTB) disputam a vaga em Terra Nova, onde as mulheres correspondem a 49% do eleitorado. Em Pernambuco, onde o número de eleitoras chega a 53% do total, das 588 candidaturas ao cargo mais importante da gestão local, apenas 98 são de mulheres.
A candidata do PR (na coligação com o PP), Aline Freire é companheira do atual prefeito, Laerte Freire, do mesmo partido. Comerciante de 37 anos, ela tem como vice Ozair, também do PR. A candidata do PTB (coligado com PSB) é Naiara Cabeleireira, de 31 anos. Nesta chapa, apenas mulheres ocupam os cargos principais e Melânia do Guarani concorre como vice. A reportagem do Diario procurou os partidos, através da assessoria de imprensa, mas não foi possível localizá-las até a publicação desta matéria.
É também no Nordeste, no Rio Grande do Norte, onde estão a maior parte dos municípios que compõem o ranking do TSE. São oito cidades (Lucrécia, Frutuoso Gomes, Ouro Branco, Serra Caiada, Santa Cruz, São José do Campestre, São Vicente e Taboleiro Grande), onde só mulheres disputam o cargo de prefeita.
São Paulo ocupa a segunda posição e tem sete cidades com o mesmo cenário. Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins também estão na lista.
Desde a Lei das Eleições (Lei nº 9.504), em 1997, há um crescimento da participação das mulheres no executivo e nas casas legislativas, primeiro com a previsão da reserva de 30% das candidaturas para mulheres e sobretudo em 2009, com a Lei 12.034 que exige tal preenchimento dos partidos.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco
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