Politica

Janaína Paschoal admite ter recebido R$ 45 mil do PSDB

Jurista afirmou para a Comissão Especial do Impeachment no Senado que foi contratada pela legenda, mas nega ser partidária tucana

A jurista Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita no Senado, admitiu nessa quinta-feira, ao ser questionada pela comissão especial da Casa, que de fato recebeu, junto com Miguel Reale Jr., R$ 45 mil do PSDB pelo serviço de fazer um parecer sobre o pedido de impedimento. Paschoal afirmou que cobrou o valor por não fazer parte da legenda.

[SAIBAMAIS]

"Não quero mais ouvir que sou tucana ou que tenho tenho partido", disse a jurista. "Nós apresentamos esse pedido porque eles [tucanos] são uma oposição fraca. Veja bem a minha personalidade e me diga se eu sou tucana", enfatizou.

Pedaladas fiscais

Janaína também negou motivação político-partidária para a denúncia, disse que agiu por "dever de consciência" e explicou os detalhes técnicos que embasam a acusação do crime de responsabilidade.

Paschoal explicou que a denúncia é formada pelo chamado escândalo do petrolão e as investigações da operação Lava Jato, seguidos pela prática das chamadas pedaladas fiscais e a edição irregular de créditos suplementares.  A advogada sugeriu aos senadores não se orientarem somente pelo relatório da Câmara dos Deputados, mas que se "debrucem sobre toda a peça".

A professora acusou o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de falar apenas dos programas sociais do governo, a exemplo do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida, como justificativa para as pedaladas fiscais. Ela usou ironicamente o termo "Bolsa Empresário" para  apontar o Plano Safra do Banco do Brasil e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos teriam beneficiado principalmente grandes empresários.

Com Agência Senado e Agência Brasil

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