Politica

Marisa Gibson: Paulo Câmara pedirá um novo esforço para cortar despesas

Mais ajustes

Os próximos 60 dias, segundo quem entende das contas estaduais, são os mais difíceis do ano, com menos dinheiro entrando em caixa. Diante disso, o governador Paulo Câmara marcou para esta sexta-feira reunião com todo o secretariado, a segunda após a sua posse, para analisar o cenário econômico do país e suas repercussões fiscais e financeiras sobre as contas do governo do estado. Não é segredo pra ninguém que a arrecadação despencou e as despesas com pessoal, mesmo sem ter havido reajustes salariais, continuam crescendo. É, portanto, uma conta que não tem como bater. Paulo vai, mais uma vez, alertar sua equipe sobre  a gravidade da situação e pedir novo esforço para cortar as despesas de custeio da máquina, tendo como foco, sobretudo, os próximos 60 dias. Agora, coincidência ou não, a reunião do governador com o secretariado será quase na mesma hora em que a presidente Dilma Rousseff, apontada como a responsável pelo cenário de crise do país, estará chegando a Pernambuco, com uma agenda claramente política, como comprova a bem construída retórica petista: “A presidente está disposta  a reconquistar o coração dos pernambucanos e inaugurar um novo ciclo do seu segundo mandato”. Agora, esse novo ciclo é o que, de fato, mais interessa. Tanto é assim que foi articulado pelo ministro Armando Monteiro Neto (PTB) um encontro, no Recife, da presidente com  empresários, cujas entidades representativas já expressaram em notas o descontentamento com a continuidade da crise, ao mesmo tempo em que conclamaram uma união política. Bem, essa é a terceira visita que Dilma faz a Pernambuco, neste ano, havendo, porém, um descompasso de sua agenda em relação às reivindicações do estado e do Nordeste. Mas, Humberto Costa, líder do PT no Senado, salienta: “Estamos atentos às queixas, mas sentimos que os nordestinos, os pernambucanos cobram uma reaproximação da presidente e é isso que ela quer fazer, retomar o terreno perdido”.

À distância

Do vereador Henrique Leite (PT): “Você não pode achar que fica perto da presidente Dilma, estando a 200 metros dela. O ritual da Presidência blinda demais a aproximação das lideranças que lutam por ela. Na fila das autoridades, os vereadores sempre são os últimos. Eles veem a dor do povo, e não podem transmitir nada para ela”.

Ponto nevrálgico

PPP virou sinônimo de problemas para o estado: e a Assembleia Legislativa realiza hoje, por iniciativa da bancada de oposição, liderada pelo deputado Sílvio Costa Filho (PTB), audiência pública para discutir a paralisação das obras do presídio de Itaquitinga, e a falência da Parceria Público Privada (PPP) para a construção deste complexo penitenciário.

Produtividade

Defensor da tese segundo a qual é mais importante a produtividade do que a frequência do parlamentar, o senador Douglas Cintra (PTB-PE) teve aprovados ontem, num intervalo de apenas uma hora, dois relatórios na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Sem lamentos

O PSB perdeu a chance de ter uma candidatura forte à Prefeitura de São Paulo, mas há socialistas que não lamentam a opção de Marta Suplicy pelo PMDB: “Marta é muito polêmica”, ponderam. Diversos fatores contribuíram para a decisão da senadora, mas pesou muito a  incerteza do apoio que o PSDB paulista daria à sua candidatura, mesmo sendo aliado do PSB naquele estado.

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