Politica

Lava-Jato deve repatriar R$ 1 bilhão de corrupção na Petrobras

A informação foi dada nesta quinta-feira pelo procurador Carlos Fernando Santos ao comentar a prisão de ex-diretor da estatal na manhã de hoje, acusado de manter conta no exterior no valor de R$ 40 milhões, "fruto de corrupção"

Petrobras é alvo de denúncias de corrupção durante a gestão do ex-presidente Lula e da atual, com a presidente Dilma Rousseff. Foto: Imprensa/Petrobras

Procurador Carlos Fernando dos Santos durante coletiva nesta quinta-feira, em Curitiba, no Paraná. Foto: Reprodução/Youtube

Segundo o procurador da República, Carlos Fernando dos Santos, Zelada chegou a movimentar a conta em um banco de Mônaco, em 2014, transferindo depósitos para bancos com sede na Suíça e na China com o objetivo de dificultar a repatriação desse valor. Conforme o procurador, há provas de que o ex-diretor da Petrobras - que substituiu no cargo Nestor Cerveró , também preso pela Lava-Jato, teria cometido crime de lavagem de dinheiro. O delegado Igor Romário de Paula confirmou que na manhã de hoje, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa e empresas ligadas a Zelada, no Rio e em Niterói, ambas no estado do Rio de Janeiro, foram apreendidos uma série de documentos que podem comprovar delitos cometidos pelo ex-diretor da Petrobras.

O procurador também disse que os valores irregulares movimentados por Zelada em Mônaco, na Suíça e na China, em 2014, são fruto de “corrupção e não de salário”. Por isso, afirmou Santos, as provas colhidas contra Zelada no exterior levaram a Justiça a decretar a prisão preventiva dele por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Pesa contra ele também as suspeitas de corrupção, fraude em licitações e desvio de verbas públicas.

Operadores

O procurador Carlos Fernando dos Santos também disse na manhã desta quinta-feira que diarimente aparecem nas investigações da Lava-Jato nomes de operadores no esquema de corrupção da Petrobras. “Nós temos diversos tipos de operadores ( na Petrobras)”, afirmou o procurador.

De acordo com ele, a direção da Petrobras “tem sido parceira nas investigações”. “Ao contrário do que ocorre nas empreiteiras, que tentam tapar o sol com a peneira e fingir que nada aconteceu".

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