Politica

Empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto é denunciado por fraude

Flagrado em seu avião com R$ 113 mil em dinheiro vivo, o empresário pediu doação de campanha para o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), já em dezembro de 2013, quando ele ainda era ministro do governo de Dilma Rousseff

Um dos principais alvos da Operação Acrônimo, desencadeada pela Polícia Federal no fim de maio, o empresário do setor gráfico Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, foi denunciado por fraude em licitação, na tarde de ontem, pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal. Além de Bené, a ex-subsecretária de Planejamento do Ministério das Cidades Magda Oliveira de Myron Cardoso e outras sete pessoas também foram relacionadas na denúncia. Os procuradores da República sustentam que o grupo é responsável pelo desvio de R$ 2,9 milhões entre 2001 e 2009.

As irregularidades teriam sido cometidas no âmbito do Ministério das Cidades. A fraude, segundo denúncia do procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, propiciou a contratação da Dialog Serviços de Comunicação, hoje Due Promoções de Eventos, cujo dono é Bené. A Procuradoria-Geral da República também apresentou ação civil de improbidade administrativa para tentar reaver para os cofres públicos os valores desviados. O Ministério das Cidades afirma que abriu procedimento administrativo para apurar o caso.

Flagrado em seu avião com R$ 113 mil em dinheiro vivo, Bené pediu doação de campanha para o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), já em dezembro de 2013, quando ele ainda era ministro do governo de Dilma Rousseff. É o que mostra uma anotação na agenda do empreiteiro Gérson Almada, dono da Engevix, e um depoimento à Polícia Federal na Operação Lava-Jato. Não houve ajuda, segundo disse o empreiteiro. Mas, em agosto do ano passado, a Engevix doou R$ 190 mil para o diretório mineiro do PT, de acordo com dados da Justiça Eleitoral.

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