[SAIBAMAIS] Uma conta judicial da 13ª Vara Federal de Curitiba recebeu nesta quarta-feira (11/3) R$ 139 milhões de em dinheiro desviado da Petrobras. O valor é apenas uma parte dos US$ 97 milhões (R$ 300 milhões) que o ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco se comprometeu a devolver após fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Sozinha, essa repatriação é maior do que tudo o que o Brasil já conseguiu recuperar entre 2003 e 2013. Dados do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça informam que o valor recuperado até então era de R$ 40 milhões apenas. Ou seja, hoje, numa só operação, as quantias repatriadas no país mais que quadruplicaram.
A força-tarefa da Operação Lava-Jato calcula que pelo menos R$ 2,1 bilhões foram desviados da maior estatal do país. O prejuízo deve ser reduzido em R$ 500 milhões, que é a quantia acertada em devolução com os delatores da investigação. Apesar disso, as estimativas de corrupção na petroleira são bem mais elevadas. Só uma das empresas investigadas tinha contratos de US$ 85 bilhões, nos quais a propina girava entre 0,9% e 1%.
Barusco assinou acordo de delação com o Ministério Público no qual se comprometeu a pagar R$ 3,25 milhões em multa, devolver US$ 67,5 milhões produtos de corrupção à 13ª Vara de Curitiba e outros US$ 29,5 milhões derivados do crime à Justiça Federal do Rio de Janeiro. No Rio, o suspeito responde a outro processo penal.
O depósito desta quarta-feira (11) se refere só uma parcela desses compromissos. Há outros valores que ainda serão creditados, segundo nota da 13ª Vara. Assim que a repatriação for concluída, “o produto dos crimes de corrupção será devolvido à vitima, no caso a empresa Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras”. Haverá, algumas condições para que o dinheiro seja usado pela estatal. A multa de R$ 3,25 milhões “será destinada a outras finalidades públicas”, segundo a Vara dirigida pelo juiz Sérgio Moro.
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