Politica

Armando Monteiro Neto garante espaço nacional com atuação como ministro

Ministro vem pouco ao estado, mas se dedica a estruturar a pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, sem deixar os bastidores da política local

Nos dois meses iniciais à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto, priorizou a formatação de projetos da pasta. Entretanto, não deixou de se movimentar como líder político. Longe das agendas institucionais, tem recebido, nos fins de semana passados em Pernambuco, prefeitos, vereadores e deputados. Ao mesmo tempo em que não descuida das questões partidárias, mobiliza a oposição para que obras e projetos desenvolvidos no estado com recursos federais sejam associados e creditados ao governo de Dilma Rousseff. Esforça-se para recuperar a paternidade perdida ao longo das gestões do ex-governador Eduardo Campos, que, aliado do ex-presidente Lula e de Dilma, carimbou grande parte das iniciativas com o selo do PSB.

A ofensiva é feita, naturalmente, em parceria com o PT, sigla com quem compôs a chapa majoritária derrotada na disputa eleitoral de 2014 em Pernambuco. Os dois partidos, aliás, tendem a seguir juntos para a disputa do Recife e outras prefeituras no próximo ano. Por enquanto, Armando vai equilibrando as agendas. Na última quinta-feira, por exemplo, prestigiou o prefeito Julio Lóssio (PMDB) ao ir a Petrolina acompanhar a assinatura de um protocolo de intenções do município com uma empresa de call center. Não foi uma visita aleatória. Lóssio, um dos seus mais fortes aliados em 2014, foi recebido na semana passada pelo governador Paulo Câmara (PSB). Quer dizer, o petebista encarregou-se de “contra-atacar”.

Além de Petrolina, o ministro esteve em dois outros compromisssos oficiais em Pernambuco nesses primeiros 60 dias de gestão. No dia 23 de janeiro, visitou a fábrica da Fiat/Jeep e a Agência de Desenvolvimento em Goiana, na Mata Norte. No início de fevereiro, teve audiência com a direção da Universidade Federal de Pernambuco para tratar da criação da Unidade de Articulação e Parcerias Estratégicas (Uape), que planeja estabelecer negócios entre a universidade e empresas privadas.

Um calendário mais intenso em Pernambuco só ocorrerá quando os desenhos de projetos da pastas tiverem sido concluídos. Nesse período, a carga maior tem sido destinada ao Plano Nacional de Exportação a ser lançado em março. Petebistas pernambucanos dizem que se ele está vindo com menos frequência em comparação com o tempo de senador, tem tido mais espaço na mídia nacional. Também argumentam que o desempenho destacado de Armando nessa fase de montagem de projetos é garantia de frutos logo ali adiante.

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