Ciência e mobilidade: desafios e soluções para o futuro
Diogo Bezerra
Secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco. Doutor em Engenharia de Produção e professor associado 2 da UFPE, Núcleo de Gestão
Publicado em: 12/11/2024 03:00 Atualizado em: 12/11/2024 05:48
A implantação de políticas públicas passa por um ciclo contínuo, com etapas que se iniciam na identificação do problema, inclusão na agenda pública, construção de soluções, tomada de decisão, planejamento da execução, implementação da política pública, monitoramento e, por fim, avaliação.
Para alguns, é natural se questionar: “Por que a academia não se aproxima mais do governo?”. Essa é uma pergunta que chega para todos aqueles que convivem nos mundos da universidade e do setor público. Ela expressa uma certa esperança de que o conhecimento construído na academia possa contribuir mais para a melhoria das políticas e dos serviços públicos, assim como o saber prático adquirido no governo pode ajudar as pesquisas a se tornarem cada vez mais conectadas com os desafios sociais.
Uma das explicações mais aceitas vem da Teoria das Duas Comunidades, que pode ser resumida da seguinte forma: mesmo que você coloque alguém com doutorado para ocupar importantes cargos executivos, o jogo de prazos e ritmos pode fazer com que essa pessoa tenha dificuldade em usar, no dia a dia, tudo o que já produziu e estudou.
Portanto, como a questão não é apenas de disponibilidade de conhecimento, mas de condições férteis para usá-lo, é importante criar políticas públicas específicas para fomentar essa relação. E é aí que entra o Cientista Arretado.
Voltado a promover uma aproximação entre governo e academia, o Cientista Arretado, programa apresentado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, conecta uma secretaria do Estado a um time de pesquisa de instituições pernambucanas para resolver um desafio de interesse público e estimular a troca de saberes e práticas entre as duas instituições.
No caso da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura, o desafio público escolhido é ambicioso e urgente: “Como podemos promover o desenvolvimento humano de forma sustentável e reduzir as desigualdades através da melhoria das capacidades de mobilidade e de transporte?”.
Com essa pergunta instigadora, pretendemos nos aproximar de uma equipe de pesquisa que nos ajude a melhorar a utilização dos dados atualmente disponíveis, tanto no governo quanto em outras instituições, para avançar no monitoramento e na avaliação das políticas estaduais, assim como na otimização dos recursos destinados à mobilidade, ao transporte e à infraestrutura.
Num sistema complexo como a mobilidade e o transporte, em que a tecnologia se faz cada vez mais presente e os padrões de uso e deslocamento mudam rapidamente, os governos não têm outra opção a não ser envidar todos os esforços possíveis para incorporar o conhecimento de ponta produzido na academia e, assim, estar à altura dos desafios sociais e das demandas da população.
Assim, com a identificação do problema e uma agenda estabelecida, o Cientista Arretado torna-se uma solução em política pública do Governo do Estado de Pernambuco que promove a utilização do conhecimento produzido no Estado para resolver desafios sociais relevantes e melhorar a vida das pessoas. É a ciência pernambucana cada vez mais a serviço da nossa população.
Para alguns, é natural se questionar: “Por que a academia não se aproxima mais do governo?”. Essa é uma pergunta que chega para todos aqueles que convivem nos mundos da universidade e do setor público. Ela expressa uma certa esperança de que o conhecimento construído na academia possa contribuir mais para a melhoria das políticas e dos serviços públicos, assim como o saber prático adquirido no governo pode ajudar as pesquisas a se tornarem cada vez mais conectadas com os desafios sociais.
Uma das explicações mais aceitas vem da Teoria das Duas Comunidades, que pode ser resumida da seguinte forma: mesmo que você coloque alguém com doutorado para ocupar importantes cargos executivos, o jogo de prazos e ritmos pode fazer com que essa pessoa tenha dificuldade em usar, no dia a dia, tudo o que já produziu e estudou.
Portanto, como a questão não é apenas de disponibilidade de conhecimento, mas de condições férteis para usá-lo, é importante criar políticas públicas específicas para fomentar essa relação. E é aí que entra o Cientista Arretado.
Voltado a promover uma aproximação entre governo e academia, o Cientista Arretado, programa apresentado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, conecta uma secretaria do Estado a um time de pesquisa de instituições pernambucanas para resolver um desafio de interesse público e estimular a troca de saberes e práticas entre as duas instituições.
No caso da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura, o desafio público escolhido é ambicioso e urgente: “Como podemos promover o desenvolvimento humano de forma sustentável e reduzir as desigualdades através da melhoria das capacidades de mobilidade e de transporte?”.
Com essa pergunta instigadora, pretendemos nos aproximar de uma equipe de pesquisa que nos ajude a melhorar a utilização dos dados atualmente disponíveis, tanto no governo quanto em outras instituições, para avançar no monitoramento e na avaliação das políticas estaduais, assim como na otimização dos recursos destinados à mobilidade, ao transporte e à infraestrutura.
Num sistema complexo como a mobilidade e o transporte, em que a tecnologia se faz cada vez mais presente e os padrões de uso e deslocamento mudam rapidamente, os governos não têm outra opção a não ser envidar todos os esforços possíveis para incorporar o conhecimento de ponta produzido na academia e, assim, estar à altura dos desafios sociais e das demandas da população.
Assim, com a identificação do problema e uma agenda estabelecida, o Cientista Arretado torna-se uma solução em política pública do Governo do Estado de Pernambuco que promove a utilização do conhecimento produzido no Estado para resolver desafios sociais relevantes e melhorar a vida das pessoas. É a ciência pernambucana cada vez mais a serviço da nossa população.
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