O PIB no primeiro semestre de 2024
Alexandre Rands Barros
Economista
Publicado em: 07/09/2024 03:00 Atualizado em: 06/09/2024 23:17
Os dados sobre o PIB brasileiro liberados essa semana pelo IBGE surpreenderam ao mostrarem a economia brasileira crescendo mais rápido do que as previsões dos diversos analistas, inclusive os do governo. O PIB no primeiro semestre cresceu 2,9%, quando comparado ao mesmo semestre do ano passado. Ele foi puxado principalmente pelo consumo das famílias (4,64%), a formação bruta de capital (4,18%) e as exportações (5,44%). As importações, por sua vez, cresceram 12,57%, atenuando um pouco o efeito inflacionário que crescimentos dos componentes de demanda teriam. O pagamento dos precatórios que haviam recebido um calote no governo Bolsonaro ajudou nesse crescimento da demanda, principalmente na parte do consumo. O crescimento das exportações decorre de uma nova inserção do Brasil no mundo, liderada por um presidente que não é visto como um idiota retrógrado, como o anterior, mas sim como uma pessoa admirável e que passa confiança. O crescimento das importações se fez necessário para suprir a demanda interna e foi muito auxiliado pela antecipação de importações da BYD para a formação de estoques.
Esse crescimento confirma algo que tenho dito muito aqui. A imprensa e os analistas econômicos têm apontado mais dificuldades do que o atual governo possui, puramente por recalque ideológico. Pois o governo atual tem criado ambiente para que a economia cresça bem. Por mais que Lula algumas vezes fale algumas besteiras que façam os mercados tremerem, as instituições estão funcionando bem para evitar propostas e ações descabidas. Atualmente não há risco permanente de golpe ou conflitos de todas os tipos, como ocorria com o presidente anterior. Ao contrário, há um presidente que contribui para atenuar conflitos e um poder executivo comprometido com o respeito às instituições. A economia está tão aquecida que a discussão agora entre economistas é se esse ritmo de crescimento não pode elevar demais a inflação e levar a subida demasiada das taxas de juros. Salários e emprego têm crescido tanto que a renda total das famílias está crescendo acima do PIB, o que pode ser um fator de elevação da inflação. Contudo, o impulso fiscal para o crescimento da demanda e inflação já está caindo e espera-se que sua variação no segundo semestre seja negativa. As importações não devem crescer tanto mais, com a reação da produção interna e desvalorização cambial ocorrida recentemente. Isso poderá atenuar seu impacto inflacionário. A esperada elevação da taxa de juros já na próxima reunião do COPOM poderá ser um redutor do crescimento, pois nosso Banco Central tem sido incapaz de ousar dentro de nossas necessidades atuais. Mas as expectativas das diversas instituições engajadas em previsões econômicas é que o PIB feche 2024 com um crescimento entre 2,8% e 3%, o que será muito bom, dado o pessimismo da imprensa e taxa de juros elevada que prevaleceu.
A agropecuária é que está puxando o PIB para baixo. Decresceu 2,93% na comparação dos semestres feita nos parágrafos anteriores. Se retirarmos ela do PIB, estaríamos com um crescimento de 3,5% na mesma comparação semestral feita acima. Puxados pela Indústria (3,38%), Comércio (3,51%) e demais serviços (3,26%), excluindo o comércio. A grande safra do ano passado foi o que distorceu os dados da agropecuária, reduzindo o crescimento do PIB esse ano.
Esse crescimento confirma algo que tenho dito muito aqui. A imprensa e os analistas econômicos têm apontado mais dificuldades do que o atual governo possui, puramente por recalque ideológico. Pois o governo atual tem criado ambiente para que a economia cresça bem. Por mais que Lula algumas vezes fale algumas besteiras que façam os mercados tremerem, as instituições estão funcionando bem para evitar propostas e ações descabidas. Atualmente não há risco permanente de golpe ou conflitos de todas os tipos, como ocorria com o presidente anterior. Ao contrário, há um presidente que contribui para atenuar conflitos e um poder executivo comprometido com o respeito às instituições. A economia está tão aquecida que a discussão agora entre economistas é se esse ritmo de crescimento não pode elevar demais a inflação e levar a subida demasiada das taxas de juros. Salários e emprego têm crescido tanto que a renda total das famílias está crescendo acima do PIB, o que pode ser um fator de elevação da inflação. Contudo, o impulso fiscal para o crescimento da demanda e inflação já está caindo e espera-se que sua variação no segundo semestre seja negativa. As importações não devem crescer tanto mais, com a reação da produção interna e desvalorização cambial ocorrida recentemente. Isso poderá atenuar seu impacto inflacionário. A esperada elevação da taxa de juros já na próxima reunião do COPOM poderá ser um redutor do crescimento, pois nosso Banco Central tem sido incapaz de ousar dentro de nossas necessidades atuais. Mas as expectativas das diversas instituições engajadas em previsões econômicas é que o PIB feche 2024 com um crescimento entre 2,8% e 3%, o que será muito bom, dado o pessimismo da imprensa e taxa de juros elevada que prevaleceu.
A agropecuária é que está puxando o PIB para baixo. Decresceu 2,93% na comparação dos semestres feita nos parágrafos anteriores. Se retirarmos ela do PIB, estaríamos com um crescimento de 3,5% na mesma comparação semestral feita acima. Puxados pela Indústria (3,38%), Comércio (3,51%) e demais serviços (3,26%), excluindo o comércio. A grande safra do ano passado foi o que distorceu os dados da agropecuária, reduzindo o crescimento do PIB esse ano.
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