Diario de Pernambuco
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Os maiores pintores de Pernambuco (Final)

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicado em: 14/01/2022 03:00 Atualizado em:

Romero Britto: nasceu no Recife, em 1963, de uma família muito humilde. Começou a pintar com oito anos e seus cadernos escolares estavam sempre repletos de pinturas. Estudou no Colégio Marista, com bolsa de estudos. Aos 14 anos, realizou sua primeira exposição e vendeu um quadro para a Organização dos Estados Americanos. Começou o curso de Direito na Unicap, mas no segundo ano trancou a matrícula e viajou para a Europa, onde ficou um ano hospedado na casa de amigos. No retorno, voltou a estudar, mas acabou desistindo de vez do curso, descobrindo que a pintura era mais importante do que seu outro sonho: ser diplomata. Viajou para Miami, onde trabalhou como ajudante de jardineiro, caixa de loja e atendente de lanchonete. enquanto procurava uma galeria para expor sua obra, passou a mostrar seus quadros nas calçadas de Coconut Grove, bairro sofisticado de Miami. Eles chamaram a atenção de Berenice Steiner, que o convidou para expor na sua galeria de arte. Foi o ponto de partida para uma carreira de enorme sucesso. Sua obra recebeu influência da Pop Art sendo representada por cores fortes e vibrantes, marcadas por linhas pretas que demarcam seus desenhos. Sua arte está em quadros e esculturas e centenas de produtos licenciados com sua grife. Todas com a marca e o colorido do seu talento. Ele tem em São Paulo uma fundação, que arrecada fundos para diversas entidades filantrópicas. É hoje, o pintor pernambucano com maior mercado internacional.

José Patrício: Nasceu em 1960 no Recife. Frequentou a Escolinha de Arte do Recife e realizou sua primeira exposição em 1983, na Oficina Guianases, onde foi diretor artístico. Com bolsa da CNPq passou dois anos fazendo estágios em instituições de Paris. Seu trabalho se realiza na fronteira entre instalação e pintura, misturando esses gêneros. Sua prática parte do arranjo de objetos cotidianos, tais como dominós, dados e botões, a fim de criar padrões e imagens que podem ter caráter geométrico ou orgânico, ainda que não deixem de resguardar uma familiaridade enigmática com o cotidiano, tendo em vista a possibilidade de se reconhecer aqueles elementos nas composições. Realizou várias exposições no Brasil e exterior. Para assinalar os 45 anos de pintura lançou o livro Percursos de Criação, uma mescla de biografia, catálogo e diário pessoal.

Demazinho Gomes: Uma figura que brilhou muito na nossa sociedade, inclusive no período em que foi casado com a diva Helena Pessoa de Queiroz, aprendeu pintura, mostrando muito talento. Mostrado em várias exposições no Recife. Tem quadros em várias pinacotecas particulares do Recife, Rio e São Paulo. Está com uma coleção pronta e espera o fim da pandemia para expor.

Romero Andrade Lima: Nasceu no Recife em 1957. Começou a pintar como autodidata, mas recebendo a orientação do seu tio e padrinho Ariano Suassuna. A partir de 1988, como contraponto à sua produção individual de artista plástico, passou a integrar-se a diversas realizações em grupo no teatro e vídeo. Atualmente pinta e esculpe cotidianamente e expõe e vende seus trabalhos no Recife. Cria também roteiros e desenhos de cena do cinema que pretende realizar. Está sempre se inspirando nas obras de Ariano Suassuna e já realizou dezenas de exposições, de ilustrações de livros, de cenários de peças de teatro.

Satyro Marques: Nasceu em Alagoas e, quando veio servir no Recife como dentista da Aeronáutica, se tornou amigo dos colunistas sociais, que apoiaram sua primeira exposição, na antiga Galeria Firenze, em 1972. Todas as suas telas tinham como tema cavalos e logo se tornaram o maior sucesso. Depois, foi morar no Rio, onde fez uma carreira de sucesso.

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