Diario de Pernambuco
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Eventos que marcaram época no Recife

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicado em: 30/04/2021 03:00 Atualizado em: 30/04/2021 05:38

Dia do Trabalhador: Durante muitos anos, antes da data ser marcada por eventos sindicais, o Dia do Trabalhador era assinalado com um jogo amistoso entre Sport e Santa Cruz na Ilha do Retiro, que era o maior estádio da cidade. Era promovido pelo governo do estado, com os portões abertos, o que garantia sempre um enorme público. No intervalo o governador fazia, da Tribuna de Honra, um discurso destacando a data, que era acompanhado em silêncio pelos torcedores.

Abraçar o Sol: Para assinalar a chegada do verão, na véspera do 7º de setembro, acontecia na praia de Boa Viagem, promovido pela Rede Globo. Começava às 22h e, como dizia o nome, só terminava com a chegada do sol. Era o nosso Woodstock. Vários cantores e bandas se revezavam no palco e, no final, muita gente dormia na areia.

MIT: Em 2005, Elder Lins Teixeira levou a ideia de uma Mostra Internacional de Turismo no Recife para Jorge Sales, então presidente da ABAV, que comprou a iniciativa. Um grupo formado pela Abav, ELT Consultoria, Sindetur o Gruponove lançou o projeto, cuja primeira edição foi em 2006, no Centro de Convenções. Objetivo era consolidar a posição de Pernambuco como portão de relacionamento internacional entre o turismo europeu e o Nordeste. A primeira versão, foi revestida de sucesso, com mais de mil participantes, praça de alimentação, espaço de feira e área para realização de seminários técnicos, palestras e rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae, sobre temas de interesse do turismo, atraindo empresários, profissionais e dirigente de turismo. Paralelamente à MIT, tivemos no Recife almoços do Clube do Feijão Amigo, comandados pelos seus fundadores, Michel Tuma Ness e Adele Auada. Foi um grande sucesso, mas acabou definhando, e a edição final se realizou junto com a Equipotel Nordeste.

Frei Caneca: O espetáculo ao ar livre O Calvário de Frei Caneca, relembrando a história do frade carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca,  dirigido por José Pimentel, foi encenado por cinco anos nas ruas do bairro de São José, terminando no Forte das Cinco Pontas, onde Frei Caneca foi morto em 1825. Inicialmente condenado à morte na forca, foi levado para o alto do cadafalso, mas três carrascos sucessivamente se recusaram a executá-lo. Acabou fuzilado com tiros de arcabuz, por determinação do coronel Francisco de Lima e Silva, pai do Duque de Caxias.

Autódromo: Em várias oportunidades se falou na construção de um autódromo na nossa cidade. O que existiu foi uma adaptação, na Joana Bezerra, onde corriam carros adaptados, evento da Federação Pernambucana de Automobilismo, que era presidida por Paulo Sérgio Macedo. Bem antes, tivemos corridas na Avenida Boa Viagem e na Cidade Universitária. Tudo improvisado, mas que atraiam grande público.

Guararapes: Com a experiência da Paixão de Cristo da Nova Jerusalém, José Pimentel dirigiu por alguns anos o espetáculo Batalha dos Guararapes, relembrando, no Monte dos Guararapes, as grandes vitórias das tropas brasileiras. Tinha um grande elenco, incluindo como figurantes, soldados do Exército.

Recife Fashion: Foi uma iniciativa vitoriosa do Shopping Recife. Numa grande estrutura na cobertura do edifício garagem, por quatro noites promovia desfiles de grifes que tinham lojas no mall. Como convidados especiais, nomes conhecidos na moda nacional. Num desses eventos, a maior atração foi Luiza Brunet.

Torneio Início: O Campeonato Pernambuco durante anos e anos foi aberto com o Torneio Início. Participavam todas as equipes que disputavam a competição. Começava sempre às 13h, com o desfile dos times e depois eram realizadas partidas de 20 minutos, que normalmente terminavam com a cobrança de pênaltis. Partida final sempre acontecia nas primeiras horas da noite. Um detalhe: os times utilizavam suas equipes principais, muitos jogadores faziam estreia naquele evento.

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