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A sociedade faz a diferença

Ingrid Zanella
Vice-presidente da OAB-PE

Publicado em: 08/03/2021 03:00 Atualizado em: 08/03/2021 05:59

O ano de 2021 começou sem fogos de artifício e com desejos pela vacinação e fim da pandemia. Sem frevos e mariolas, fevereiro passou correndo, evitando aglomerações. Sem Carnaval, os blocos de rua são trocados por campanhas sociais, em prol de uma sociedade segura e vacinada, e de apoio para que as atividades econômicas prossigam com segurança. E, nesse contexto, temperado com uma angustiante sucessão de tensões, incertezas e desencontros vindos de Brasília, quem tem feito a diferença é a sociedade civil organizada.

A campanha Unidos Pela Vacina é um exemplo. Sob o comando da empresária Luíza Helena Trajano e do Grupo Mulheres do Brasil, vários atores sociais de diversos segmentos estão unindo forças em torno de uma causa coletiva: a vacinação, única forma de protegermos a população da Covid-19 e voltarmos plenamente à vida social e às atividades econômicas sem risco à saúde pública. Órgãos de imprensa da mesma forma têm se engajado com a campanha Vacina Sim.

A OAB Pernambuco também tem feito sua parte. Agora, em março, a Ordem lança o programa Advogar e Empreender, que apoia a jovem advocacia a dar os primeiros passos na profissão, com acesso a instrumentos indispensáveis ao seu dia a dia profissional em condições diferenciadas. Entre os benefícios, vale destacar o desconto de 50% na primeira anuidade, com abatimentos regressivos nos anos seguintes.

E já que estamos no Mês da Mulher, a OAB igualmente encampa a campanha Nosso Direito, Nossa Voz. A iniciativa visa a conscientização sobre a violência estrutural contra a mulher, bem como que ela precisa ser combatida com a inserção das mulheres nos espaços de poder na sociedade. O projeto conta com a participação do Sebrae, Grupo Mulheres do Brasil e outras entidades da sociedade civil. Dentro dele, vale destacar o programa ESA+MULHER, que prevê descontos em cursos para mulheres gestantes e no primeiro ano de maternidade.

Não existe vácuo de poder. Nos espaços vazios deixados pelo ente público, seja na saúde, na gestão ou em ações afirmativas, a sociedade se move e está fazendo a diferença com o que tem de mais poderoso nas relações humanas: união e solidariedade. E é preciso enaltecer o protagonismo da participação feminina para que projetos como estes se transformem em ações efetivas na vida das pessoas. A maior participação feminina na sociedade – no direito, na saúde, ciência, ação social, política, comunicação e educação, entre outras – está fazendo a diferença.

Por fim, vamos celebrar o Mês da Mulher e a força da sociedade civil com os versos do grande Alceu Valença: “Tomara, meu Deus, tomara, que tudo que nos separa não frutifique, não valha, uma nação solidária sem preconceitos, uma nação como nós”. A mudança é agora, nós somos a mudança, é tempo de perseverar.

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