Diario de Pernambuco
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Projetos anunciados e nunca concretizados (final)

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicado em: 26/02/2021 03:00 Atualizado em: 26/02/2021 08:15

Navegação no Capibaribe: O projeto foi lançado em 2012, como uma das prioridades para a Copa do Mundo de 2014 e tinha um orçamento de R$ 289 milhões, dentro do programa chamado Rios da Gente. Teria 11 quilômetros de extensão, entre o Shopping Tacaruna e a BR 101, nas imediações da Avenida Caxangá. Com cinco estações, deveria transportar 600 mil passageiros por dia. Até o modelo da embarcação foi apresentado: seriam 14, com capacidade para 86 pessoas. Obra, na qual já foram investidos R$ 81,5 milhões, está totalmente parada e os canteiros abandonados. Quando foi ministro das Cidades, Bruno Araújo sinalizou com o apoio do governo federal no projeto, o que acabou não acontecendo.

Four Seasons: A Reserva do Paiva incluía além do antigo Sheraton, que está fechado, outro hotel de luxo. Seria o Four Seasons, uma famosa cadeia cinco estrelas, que teria um campo de golfe, de 18 buracos, para atrair este segmento do turismo que é muito forte. As obras nunca foram ao menos iniciadas e agora a área vai receber um condomínio com 400 casas.

Na Tamarineira: O Hospital Ulysses Pernambucano, o segundo hospital psiquiátrico a ser instalado no Brasil, ocupa uma enorme área na Tamarineira. Mais de uma vez, surgiu a notícia de que empreendedores queriam usar a área para fazer um shopping center. Para compensar, iriam construir na área metropolitana, um novo hospital, com o dobro da atual capacidade e equipamentos moderníssimos. Surgiram vários protestos e nunca mais se falou no projeto.

Brasília Teimosa: Ideia era transformar a área de Brasília Teimosa num espaço vip, no estilo de Cancun, reunindo hotéis e condomínios de luxo, aproveitando sua bela localização. Com a vantagem de ter apenas uma entrada, que poderia garantir a segurança. O projeto incluía a transferência dos moradores para conjuntos habitacionais que seriam construídos no Pina. Depois, estes ganharam posse dos terrenos e o projeto desapareceu.

Arena do Sport: Com o surgimento do projeto da Arena Pernambuco, a diretoria do Sport anunciou a transformação do Estádio Aldemar da Costa Carvalho numa arena moderníssima, num projeto que incluía a construção de edifícios empresariais e residenciais, shopping center e até um hospital. Projeto tinha parceria com um investidor, que faliu e levou a ideia.

Novo aeroporto: Felizmente nunca mais se falou nisso, mas durante muitos anos havia a defesa de que o Aeroporto dos Guararapes deveria mudar de local, por ficar numa área residencial. Projeto era levá-lo para uma área em Goiana. Na época, conversei com o notável empresário da construção, Antônio Queiroz Galvão, que me disse que seria difícil, pois a construção de um aeroporto é caríssima e ainda havia a necessidade de fazer uma rodovia com quatro faixas entre o Recife e o local. Na época, havia apenas a BR-101 Norte, com faixa única.

Parque aquático: Em cima do sucesso do Beach Park, um grupo de importantes empresários pernambucanos projetou fazer um megaparque aquático em Barra de Jangada, nos mesmos moldes do equipamento do Ceará. Até a área foi anunciada, mas acabou não se realizando.

Shopping no Náutico: No período em que o Estádio dos Aflitos esteve fechado, com a parceria do clube com a Odebrecht, quando jogava na Arena Pernambuco, houve entendimentos para a venda do espaço para a construção de um shopping center com a bandeira Iguatemi, garantindo ao alvirrubro uma boa receita permanentemente. Projeto morreu cedo, depois da prefeitura sinalizar que a já congestionada Avenida Rosa e Silva não comportaria o tráfego provocado por um shopping.

Parque de tubarões: Numa ideia para transformar o limão numa limonada e diante da triste fama que o Recife teve (e que, infelizmente ainda tem) com os ataques de tubarões, um grupo pensou em construir um aquário em Piedade, com peixes e, claro, muitos tubarões e outros equipamentos, que poderia se transformar numa atração turística. Idêntico projeto apareceu em Fortaleza, parado há mais de 10 anos.

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