O milho é uma gramínea tropical originária do México e América Central, cultivada há mais de 9.000 anos, considerada sagrada pelos antigos maias e astecas. Esta cultura, atualmente, além da destinação para a indústria alimentícia, tem sido utilizada fortemente em diversos setores industriais, sobretudo para a produção de etanol, correspondendo a 20% do milho produzido mundialmente destinado para este fim.

As projeções estimadas para a safra 2020/2021 estão na ordem de 1,1 bilhão de toneladas, segundo dados do United States Department of Agriculture (USDA), sendo o produto vegetal mais produzido no mundo. A produção brasileira representa 9,5% da mundial, sendo o segundo maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados superlativos a níveis internacional e nacional pouco condizem com a realidade pernambucana, em virtude de o milho grão representar apenas 0,03% da produção nacional. Apesar de possuir uma forte demanda como um insumo preponderante em segmentos consolidados produtores de proteína animal tais como a bacia leiteira, a piscicultura e, principalmente, a avicultura.

Tal cotação do grão pode estimular a produção local, encadeado pelo Zoneamento Agrícola para o cultivo do milho sob condições de sequeiro, sem irrigação, para o Agreste e as zonas da Mata Norte e Sul, permitindo o financiamento das entidades de fomento para a implantação da cultura.

A alta do dólar elevou os preços dos grãos de modo considerável, chegando à cotação de aproximadamente de R$ 80,00 por saca, segundo o indicador de milho do Cepea para dezembro de 2020.

O cenário de otimismo, baseado na projeção da manutenção de preços altos para os próximos dois anos, tende a ter, no estado de Pernambuco, esta opção para fins industriais, sem substituir o nosso tradicional milho verde para o consumo em pamonhas e canjicas.