O primeiro semestre foi marcado por demissões, suspensão dos contratos de trabalho e de redução de salários dos empregados formais. Com o coronavírus paralisando a economia e trazendo incertezas sobre uma volta à “vida normal”, o Caged, divulgado pelo Ministério da Economia, registrou o que nenhum brasileiro queria presenciar após anos de crise prolongada: o país cortou 1,2 milhão de empregos com carteira assinada nos primeiros seis meses de 2020.

Mas como toda experiência ruim também traz oportunidades de reinvenção e nos convida a adotar uma postura de resiliência, muita gente tem aproveitado o momento de escassez para empreender. E não necessariamente abrindo um negócio, mas colocando na “prateleira” o maior ativo que temos: nossas habilidades e conhecimentos como profissional.

Ter uma atuação empreendedora não se limita a abrir uma empresa. Profissionais de todas as áreas podem considerar a oportunidade de desenvolver o “eu empreendedor”, que é aprender a se vender para o mercado como especialista em uma determinada área. Apostar, verdadeiramente, no “Você S.A”.

A reflexão que precisamos fazer é “que tipo de valor posso agregar a uma empresa e ajudá-la a crescer?” O tempo atual já deixou claro que as contratações estão em baixa, então o trabalhador que deseja voltar ao mercado precisa utilizar de outros instrumentos para se recolocar.

A abordagem pode ser a de “posso ser útil prestando meus serviços para sanar a sua dor neste momento”. É uma boa mensagem inicial para dar um start nas negociações, sem se desvalorizar como capital humano. Ser freelancer e agregar ações de autopromoção tem sido um movimento importante nesta época.

Muitos negócios, neste exato momento, também buscam novas formas de se reposicionar e são clientes em potencial - já pensou em quantos empreendedores precisam do seu valor? Utilize das suas qualificações para agregar e fortaleça as suas aptidões para vendê-las. Isso pode reposicionar você no mercado e terá reflexos consideráveis nos seus rendimentos em médio e longo prazos.