Diario de Pernambuco
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Quando o verde é vermelho e recíproca

Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista

Publicado em: 22/07/2020 03:00 Atualizado em: 22/07/2020 05:45

Abro, aleatoriamente, o Dicionário Aurélio da língua portuguesa, procurando um verbete qualquer para tema deste meu artigo. Deparo-me a priori com o vocábulo daltonismo e o escolho como principal assunto de hoje. O vocábulo é originário do nome do químico meteorologista, físico e professor John Dalton, um dos mais destacados cientistas do mundo, que dedicou parte de sua vida ao ensino e à pesquisa. Nascido na Inglaterra, viveu entre 1766 e 1844. Como expressão oftalmológica, significa incapacidade para distinguir cores.

Pode-se, assim, sintetizar que daltônico é aquele ser que tem a incapacidade de distinguir certas cores, em especial o vermelho do verde.

O maior problema que os daltônicos enfrentam, creio eu, seja quando candidatos a motoristas necessitam fazer seus exames de vista para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, ou mesmo os já habilitados, quando, depois, precisam renová-la, pois, dentre os principais exames, um deles é declarar ao examinador, que geralmente é um médico oftalmologista, um número vermelho contido em um quadro na cor verde ou vice-versa.

Em alguns estados brasileiros, entre eles São Paulo, os motoristas podem observar que, no meio de alguns semáforos, há uma faixa de cor branca, tarja que serve de orientação aos que dirigem veículos e são daltônicos, com dificuldades para distinguir cores, em especial à noite. Todavia, ao visualizarem o brilho, identificam se a luz do semáforo está em cima, representando o vermelha ou embaixo, o verde.

Aqui, abro parênteses para louvar a CTTU -  Companhia de Trânsito e Transporte do Recife –,  que vem implantando modernos equipamentos semafóricos, como os que são vistos ao longo da Avenida Governador Agamenon Magalhães, em seus principais cruzamentos, com destaques para a Praça do Derby, ruas Henrique Dias, Dom Bosco e Paissandu, bem como as avenidas Conde da Boa Vista, Ruy Barbosa e Carlos de Lima Cavalcanti. Também o bairro de Boa Viagem está provido de modernos sinalizadores.

Críticas, apenas para o descaso que parecem ter pelos cegos. Faltam semáforos sonoros que os orientam. Vários  locais, em todo o mundo, contam com os alertas sonoros para a travessia dos deficientes visuais, contribuindo, assim, para o deslocamento deles, independentemente de ajuda.

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