Ciência, informação e fé contra o coronavírus
Anderson S. L. Gomes
Professor Titular de Física da UFPE, membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Pernambucana de Ciências e membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Publicado em: 18/05/2020 03:00 Atualizado em: 18/05/2020 07:23
Numa nota conjunta provavelmente inimaginada em tempos normais, como quase tudo que está acontecendo agora no mundo em decorrência do coronavirus, os presidentes da Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ordem dos Advogados do Brasil, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Associação Brasileira de Imprensa, uniram-se EM DEFESA DA VIDA (http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/em-defesa-da-vida/), “para alertar a%u0300 população que fique em casa respeitando as recomendac%u0327o%u0303es da cie%u0302ncia, dos profissionais de sau%u0301de e da experie%u0302ncia internacional. A nota foi emitida em 27 de março, após reunião virtual entre os líderes dessas entidades. A nota destacou a importância do isolamento social, a ameaça à saúde dos brasileiros através da campanha de desinformação desenvolvida pelo presidente da República, e aponta que “a hora é de enfrentamento desta pandemia com lucidez, responsabilidade e solidariedade”. O projeto evoluiu e, em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, um documento mais amplo, PACTO PELA VIDA E PELO BRASIL (http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/pacto-pela-vida-e-pelo-brasil/) foi encaminhado aos presidentes dos três Poderes. Este pacto foi alvo de diversas manifestações no último dia 7 de maio, quando tivemos a Marcha pela Ciência em todo o país.
Mais uma vez a ciência é necessária à humanidade, desta vez em meio a uma pandemia global. No Brasil, os institutos de pesquisa e universidades, responsáveis por 95% da pesquisa científica no país, estão se mobilizando 24/7, e resultados inéditos foram divulgados, como o sequenciamento do DNA do coronavírus no Brasil, já identificando as mutações nacionais. Este resultado é fundamental para o desenvolvimento de vacinas, por exemplo. Esta informação, correta, verdadeira, foi divulgada recentemente pela mídia, tantas vezes atacada e sempre necessária. Muitos outros cientistas, em diferentes áreas do conhecimento, estão trabalhando no problema. No Nordeste, um Comitê Científico foi criado e está bastante atuante (https://www.comitecientifico-ne.com.br). A tecnologia da informação, através dos diversos meios de comunicação virtual e softwares acessíveis nos hardwares – principalmente telefones celulares –, tem nos trazido estas informações (e infelizmente, também, um monte de lixo e informações falsas), além de nos permitir estar virtualmente juntos com os nossos familiares e amigos, quando estamos presencialmente distantes. Na base da tecnologia está a ciência. E, com certeza, a tecnologia nunca foi tão útil como agora. Reuniões virtuais, entrevistas à distância, aulas à distância e consultas à distância, passaram a fazer parte do dia-a-dia. Muitas dessas ações podem virar um legado positivo deste momento difícil.
O trabalho dos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde e seus apoiadores, em hospitais, locais de primeiro socorro, ambulâncias, todos tem um embasamento e orientação científica.
E a fé? Diferente da religião, ela é inerente ao ser humano. Biblicamente, há 79 versículos sobre o termo fé, talvez o mais conhecido deles seja o que Paulo escreveu aos Hebreus: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”. Certamente todos nós esperamos, com fé, que o trabalho dos médicos e da ciência surtirão efeito. Ter fé não é esperar. É esperançar! É animar-se!
Vamos nos informar, seguir com fé e prudência as recomendações médicas e da ciência, ouvir os médicos. Vamos ficar em casa!
Mais uma vez a ciência é necessária à humanidade, desta vez em meio a uma pandemia global. No Brasil, os institutos de pesquisa e universidades, responsáveis por 95% da pesquisa científica no país, estão se mobilizando 24/7, e resultados inéditos foram divulgados, como o sequenciamento do DNA do coronavírus no Brasil, já identificando as mutações nacionais. Este resultado é fundamental para o desenvolvimento de vacinas, por exemplo. Esta informação, correta, verdadeira, foi divulgada recentemente pela mídia, tantas vezes atacada e sempre necessária. Muitos outros cientistas, em diferentes áreas do conhecimento, estão trabalhando no problema. No Nordeste, um Comitê Científico foi criado e está bastante atuante (https://www.comitecientifico-ne.com.br). A tecnologia da informação, através dos diversos meios de comunicação virtual e softwares acessíveis nos hardwares – principalmente telefones celulares –, tem nos trazido estas informações (e infelizmente, também, um monte de lixo e informações falsas), além de nos permitir estar virtualmente juntos com os nossos familiares e amigos, quando estamos presencialmente distantes. Na base da tecnologia está a ciência. E, com certeza, a tecnologia nunca foi tão útil como agora. Reuniões virtuais, entrevistas à distância, aulas à distância e consultas à distância, passaram a fazer parte do dia-a-dia. Muitas dessas ações podem virar um legado positivo deste momento difícil.
O trabalho dos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde e seus apoiadores, em hospitais, locais de primeiro socorro, ambulâncias, todos tem um embasamento e orientação científica.
E a fé? Diferente da religião, ela é inerente ao ser humano. Biblicamente, há 79 versículos sobre o termo fé, talvez o mais conhecido deles seja o que Paulo escreveu aos Hebreus: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”. Certamente todos nós esperamos, com fé, que o trabalho dos médicos e da ciência surtirão efeito. Ter fé não é esperar. É esperançar! É animar-se!
Vamos nos informar, seguir com fé e prudência as recomendações médicas e da ciência, ouvir os médicos. Vamos ficar em casa!
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