Em breve iniciaremos a chamada quadra chuvosa na região do Sertão pernambucano. Uma região onde na maior parte do ano o clima é seco e a falta de água é uma realidade constante. Momentos como esses nos fazem refletir e perceber que como há um ciclo permanente de ações ou intempéries climáticas, e há de alguma forma, uma previsibilidade para ações que podem prevenir ou mesmo mitigar desastres decorrentes de tais intempéries.

Em um país onde culturalmente não agimos preventivamente, é urgente uma mudança de atitude não apenas dos agentes públicos das esferas federal, estadual e municipal, mas também de todos os cidadãos que estão sujeitos a esse tipo de vulnerabilidade. A mudança de atitude pode começar com coisas simples como evitar o descarte incorreto do lixo, até evitar a construção em áreas de risco e o corte irregular de barreiras.

Já para os agentes públicos, as ações de prevenção vão desde a elaboração dos planos de contingência, obrigatórios por lei, até o importante controle e planejamento urbano que nos últimos anos tem sido a maior causa de perdas humanas ocorridas em período de desastres relacionados às chuvas.

A lei federal 12.608/2012 é responsável pela regulamentação do Sistema Nacional de Defesa Civil. A lei orienta a cerca das responsabilidades e ações de cada esfera; Governo Federal, Estadual, Municipal e até mesmo a sociedade. O respeito e cumprimento dessa legislação precisa ser  difundido e cobrado por todas as partes envolvidas para que possamos nos próximos anos evitar mais perdas, sobre tudo humanas.

O governo estadual, dentro de sua esfera de atuação, realizou de janeiro a novembro apoio técnico e capacitações para mais de 1.500 agentes ligados à Defesa Civil em todo estado. Foram 125 vistorias técnicas realizadas sobre solicitação dos municípios, 54 capacitações e fornecimento de materiais de assistência humanitária e lonas plásticas.