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Editorial Reforço no combate ao crime organizado

Publicado em: 23/12/2019 03:00 Atualizado em: 23/12/2019 08:36

O Brasil passou a contar, a partir deste mês, com um importante e inédito instrumento de combate ao crime organizado. O primeiro Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof),  implantado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em Foz do Iguaçu, será estratégico no enfrentamento aos ilícitos transfronteiriços, como o tráfico de drogas e armas, o financiamento ao terrorismo e a lavagem de dinheiro.

Construído com o apoio da Itaipu Binacional e do governo do Paraná, o centro vai  fortalecer a vigilância em uma das principais áreas de importação e exportação do país, na fronteira com o Paraguai e a Argentina. O Ciof vai coordenar os esforços de investigação e combate ao crime organizado dos vários órgãos que participam da iniciativa, entre os quais a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Inteligência, Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (o antigo Coaf), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional e o Departamento Nacional Penitenciário.

O centro está instalado numa área de 600 metros quadrados no Parque Tecnológico de Itaipu e funciona como uma espécie de escritório de comando e controle para as operações ostensivas, seguindo o modelo dos escritórios norte-americanos de monitoramento, implantados após os atentados de 11 de setembro de 2011.

A expectativa do Governo Bolsonaro é que, a exemplo dos três centros integrados de Inteligência de Segurança Pública inaugurados nos últimos meses nas regiões Nordeste, Sul e Norte, e do centro nacional em funcionamento desde agosto, o Ciof permita uma maior integração entre os agentes de segurança dos órgãos participantes e forças de policiamento, possibilitando o compartilhamento mais rápido e efetivo de informações.

A centralização de informações irá permitir, de acordo com o Ministério da Justiça, a maior eficácia nas ações. Os bancos de dados das instituições envolvidas irão gerar relatórios que, a partir de agora, auxiliarão as investigações criminosas em todo o país, principalmente na área da Tríplice Fronteira, e com reflexos nos grandes centros consumidores, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Porto Alegre e demais capitais.

O ministro Sérgio Moro considera o centro integrado de Foz do Iguaçu um projeto modelo, que poderá ser expandido para outras localidades no futuro. A tendência é que esses centros também contem com representantes de países que fazem fronteira com o Brasil. O Ciof faz parte do compromisso assumido pelo presidente Jair Bolsonaro de combate à criminalidade no país, particularmente o crime organizado. O seu governo não tem medido esforços para garantir mais segurança aos brasileiros.

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