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Impacto coletivo

Rogério Morais
Secretário executivo para a primeira infância do Recife

Publicado em: 18/12/2019 03:00 Atualizado em: 18/12/2019 08:50

Como impactar o bem-estar social da primeira infância do Recife? Como garantir que 146 mil cidadãos tenham melhores condições e oportunidades mais equânimes de desenvolvimento pleno? Melhor convívio familiar, mais estímulos cognitivos, melhor nutrição, menor exposição a fatores de risco? Impactar em uma realidade tão complexa e entregar um legado as futuras gerações da cidade não é um problema trivial.

Segundo John Kania e Mark Kramer, especialistas em impacto coletivo e professores da Universidade de Stanford, temos 5 condições para o sucesso em empreendimentos em contextos complexos: (1) Agenda comum, (2) Sistema de monitoramento compartilhado, (3) Atividades que se reforçam mutuamente, (4) Comunicação contínua, (5) Organização de suporte.  E estas são premissas que baseiam o trabalho da Secretaria Executiva para a Primeira Infância do Recife.

A própria criação da Secretaria é uma iniciativa que busca atender a uma destas condições, sendo a “Organização de suporte”, com flexibilidade orgânica para atuar de forma interfuncional, entre as pastas que tocam o tema, hoje não só as mais tradicionais, como Educação, Saúde e Assistência Social, mas também outras com engajamento mais recente, como Habitação, Urbanismo e Cultura.

No entanto, além da relação interna do executivo, essa é uma agenda que perpassa todos os poderes e todos os setores da sociedade, e é importante o estabelecimento de uma “agenda comum”. Executivo, Legislativo e Judiciário; governo, empresas e entidades da sociedade civil organizada precisam trabalhar em conjunto pelo futuro das crianças da cidade, para juntos somarem forças e provocarem mudanças. As ações de cada parte “se reforçam mutuamente” e criam um cronograma natural de frentes paralelas, todas com o mesmo norte.

Por fim, destaco que o modelo de gestão da Prefeitura do Recife preza pelo monitoramento, permitindo portanto um “sistema de monitoramento compartilhado”, que terá como estratégia a participação do cidadão em todo processo, do planejamento à execução. A transparência será a tônica e a energia para engajar a sociedade na causa. Os desafios da primeira infância exigem uma “comunicação contínua” e a sensibilização e foco na transmissão desta mensagem serão um mantra, com energia de campanha de conscientização.

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