Docência universitária não se restringe a aula
Silke Weber
Professora aposentada da UFPE
Publicado em: 25/07/2019 03:00 Atualizado em: 25/07/2019 10:32
No debate sobre a proposta do Future-se, apresentada pelo MEC há uma semana, a grande crítica tem recaído na redução da questão da educação superior, a seu financiamento. Agora uma nova polêmica se acrescenta: a da docência universitária.
À semelhança do Future-se, quando o MEC se volta para as formas de assegurar a manutenção do sistema universitário federal, certamente oneroso para qualquer nação, passa agora a questionar a especificidade da docência nas universidades. Novamente uma visão reducionista baliza a proposta do Ministério, ao não considerar que as universidades, têm como finalidades a produção e disseminação do conhecimento, a formação profissional, o desenvolvimento cientifíco e tecnológico e o enriquecimento cultural, além de oferecer suporte à formulação de políticas públicas.
A consecução de tais finalidades requer trabalho e dedicação de um corpo profissional altamente qualificado, para atender necessidades de formação de quadros demandadas pela sociedade e pelas diferentes áreas de conhecimento. Para tanto, o corpo profissional das universidades é instado a atuar na disseminação do conhecimento, feito principalmente por meio de aulas, mas, também, a se voltar para a produção e retificação do conhecimento visando à experimentação de respostas aos problemas abordados pelas diversas áreas, e pelas necessidades da sociedades, o que requer a fabricação de tecnologias e o desenvolvimento de inovações correspondentes.
A atividade didático-pedagógica da universidade é, por conseguinte, apenas uma das facetas da atividade docente, desde que lhe cabe ministrar aulas, e também, a orientação ou supervisão de estudantes em monitoria, iniciação científica, estágios, trabalhos de conclusão de cursos, residências, no âmbito da graduação, e se responsabilizar pela orientação de pesquisas e avaliação da sua qualidade nos cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu. Acrescente-se, ainda, a elaboração de projetos de pesquisa próprios e interinstitucionais voltados para áreas de especialização e/ou ao atendimento a prioridades nacionais ou locais, sendo inerente a esse processo a interlocução com pares em congressos, seminários, simpósios e a publicação de seus resultados.
A atividade docente universitária implica, ainda, a participação na solução de problemas sociais e econômicos conjunturais ou históricos mediante a integração de ensino e de pesquisa, além da promoção de enriquecimento cultural.
À semelhança do Future-se, quando o MEC se volta para as formas de assegurar a manutenção do sistema universitário federal, certamente oneroso para qualquer nação, passa agora a questionar a especificidade da docência nas universidades. Novamente uma visão reducionista baliza a proposta do Ministério, ao não considerar que as universidades, têm como finalidades a produção e disseminação do conhecimento, a formação profissional, o desenvolvimento cientifíco e tecnológico e o enriquecimento cultural, além de oferecer suporte à formulação de políticas públicas.
A consecução de tais finalidades requer trabalho e dedicação de um corpo profissional altamente qualificado, para atender necessidades de formação de quadros demandadas pela sociedade e pelas diferentes áreas de conhecimento. Para tanto, o corpo profissional das universidades é instado a atuar na disseminação do conhecimento, feito principalmente por meio de aulas, mas, também, a se voltar para a produção e retificação do conhecimento visando à experimentação de respostas aos problemas abordados pelas diversas áreas, e pelas necessidades da sociedades, o que requer a fabricação de tecnologias e o desenvolvimento de inovações correspondentes.
A atividade didático-pedagógica da universidade é, por conseguinte, apenas uma das facetas da atividade docente, desde que lhe cabe ministrar aulas, e também, a orientação ou supervisão de estudantes em monitoria, iniciação científica, estágios, trabalhos de conclusão de cursos, residências, no âmbito da graduação, e se responsabilizar pela orientação de pesquisas e avaliação da sua qualidade nos cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu. Acrescente-se, ainda, a elaboração de projetos de pesquisa próprios e interinstitucionais voltados para áreas de especialização e/ou ao atendimento a prioridades nacionais ou locais, sendo inerente a esse processo a interlocução com pares em congressos, seminários, simpósios e a publicação de seus resultados.
A atividade docente universitária implica, ainda, a participação na solução de problemas sociais e econômicos conjunturais ou históricos mediante a integração de ensino e de pesquisa, além da promoção de enriquecimento cultural.
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