ÁFRICA
Enchentes na Nigéria causam mortes e fuga de animais selvagens do zoo
A cidade de Maiduguri foi uma das áreas mais afetadas, com praticamente metade da localidade submersa
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 12/09/2024 17:18
Pessoas afetadas pelas enchentes são escoltadas pelas enchentes em um barco militar em Maiduguri (Foto: AUDU MARTE / AFP) |
Nos últimos dias grandes inundações atingem o nordeste da Nigéria e desabrigaram milhares de pessoas, além de arrastar os animais do zoológico para as ruas. A cidade de Maiduguri foi uma das áreas mais afetadas, onde praticamente metade da localidade está submersa.
As autoridades também comunicaram que cerca de 30 pessoas morreram em Borno por causa das cheias causadas pela ruptura de uma barragem, em Alau. É estimado que aproximadamente um milhão de pessoas foram atingidas, das quais 200 mil estão deslocadas.
No jardim zoológico Sanda Kyarimi Park Zoo, de Maiduguri, as autoridades do estabelecimento informaram que 80% dos animais selvagens foram arrastados pelas águas. Uns escaparam nadando e outros terão morrido. “Muitos animais perigosos escaparam e alertamos os moradores para terem cuidado. Alguns animais selvagens foram levados para as ruas das nossas comunidades, como crocodilos, cobras e leões”, declararam.
Um porta-voz da NEMA, agência de gestão de desastres da Nigéria, Manzo Ezekiel, anunciou que estão sendo feitos esforços para recapturar os animais.
“Acredito que os administradores do zoológico não estão descansados. Eles farão o melhor que puderem para recuperar os animais, além disso, nas ruas eles representam perigo para as pessoas”, destacou.
Estas inundações já são classificadas como as piores na cidade do nordeste do país em 30 anos, dizem as equipes de salvamento, que continuam a tentar resgatar milhares de outras pessoas que ainda presas e ilhadas nas suas casas. Testemunhas relataram que muitos estão no topo das árvores ou nos telhados das habitações.
Para agravar o estado de emergência, vários hospitais da região também estão inundados.
O diretor do Hospital Universitário de Maiduguri, Ahmed Ahidjo, deu uma ideia da situação: “Estou neste hospital há 37 anos e nunca vi algo assim. Todo o andar térreo e os centros, temos cerca de 14 centros especializados no hospital, estão todos inundados. Também não há eletricidade”, contou Ahmed Ahidjo, diretor do Hospital Universitário de Maiduguri.
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