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Ucrânia realiza ataque massivo com drones na capital da Rússia
Segundo o Ministério da Defesa russo, foram interceptados e abatidos 11 aparelhos não tripulados em Moscou e o ataque não deixou vítimas
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 21/08/2024 14:33
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| Foto: Sergei SUPINSKY/AFP |
Moscou sofreu na noite de terça-feira (20) um dos maiores ataques com drones ucranianos desde o início da guerra.
Mas, o Ministério da Defesa da Rússia garantiu hoje ter interceptado e abatido 11 aparelhos não tripulados na sua capital e informou que não houve vítimas. “Esta é uma das maiores tentativas de atacar Moscou com drones. Não foram registrados danos ou vítimas”, confirmou Sergei Sobyanin, presidente da Câmara da cidade.
As ofensivas com drones a capital russa são mais raras. Em geral, Kiev tem visado instalações de petróleo e gás na Rússia, algumas a centenas de quilômetros das suas fronteiras, em retaliação aos constantes bombardeios que sofre às suas infraestruturas energéticas.
Como a que ocorreu no domingo (18), quando drones ucranianos atacaram uma instalação de armazenamento de petróleo em Proletarsk, região de Rostov, no sul da Rússia causando um grande incêndio. “O incêndio na cidade de Proletarsk ainda continuava na terça-feira, com cerca de 500 bombeiros mobilizados para apagar o fogo” disse o governador local.
Incursão ucraniana em Kursk
De acordo com os últimos dados do governo de Kiev, em mais de duas semanas de combates, as tropas ucranianas assumiram o controle de aproximadamente 93 localidades e avançaram mais de 1.260 quilômetros quadrados em solo russo na região de Kursk.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defende que uma das metas da ofensiva, que obrigou à retirada de mais de 122 mil pessoas do território, é criar uma zona "tampão" para evitar ataques contra regiões da Ucrânia a partir de zonas de fronteira com a Rússia. Além de usar essa incursão como estratégia e induzir Moscou à mesa das negociações para uma ‘paz justa’, que o Kremlin, por enquanto, recusa.
Por outro lado, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, anunciou a criação de agrupamentos militares em Kursk, Belgorod e Briansk, para defender as suas regiões fronteiriças das ofensivas em curso das tropas ucranianas. “Os novos grupos vão defender os cidadãos de drones e outros tipos de ataques ucranianos”, diz a nota oficial da pasta ministerial.
Segundo o mais recente balanço dos serviços médicos russos, 31 civis morreram e 143 ficaram feridos na ofensiva lançada pela Ucrânia em 06 de agosto na região russa de Kursk.
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