GUERRA
Ucrânia avança em solo russo e diz que visa levar Moscou a negociações
Presidente ucraniano defende que incursão tem como objetivo levar Moscou à mesa das negociações para uma 'paz justa', algo que o Kremlin ainda rejeita
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 20/08/2024 14:59
Foto: Sergei SUPINSKY/AFP |
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que as tropas militares do país avançam em solo russo e já tem o controle de mais de 1.250 quilômetros quadrados e 92 localidades na região russa de Kursk. Zelensky defende que essa incursão ucraniana tem como objetivo levar Moscou à mesa das negociações para uma ‘paz justa’, algo que o Kremlin ainda rejeita.
O chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, também confirmou que as suas forças adentraram aproximadamente 28 a 35 quilômetros a mais dentro do território russo.
“A Rússia está deslocando tropas de outras zonas para fortalecer as regiões fronteiriças e ainda enviando forças adicionais para Pokrovsk, na região de Donetsk, onde se têm concentrado grande parte dos combates dos últimos dias”, relatou Syrskyi.
A ofensiva em grande escala e sem precedentes da operação da Ucrânia teve inicio no dia 6 de agosto e é a maior em solo russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Mas, o líder ucraniano voltou a pedir aos seus aliados do Ocidente que permitam que Kiev ataque a Rússia com armas de longo alcance, a fim de parar o avanço do Exército russo no leste da Ucrânia. "A Ucrânia só pode impedir o avanço do Exército russo na frente com uma decisão que esperamos dos nossos parceiros; a decisão sobre capacidades de longo alcance", afirmou.
Por outro lado, a Rússia continua a aumentar a pressão sobre a rede energética ucraniana. O mais recente alvo foi uma central elétrica na região de Sumy, no norte da Ucrânia, que deixou mais de 18 mil pessoas sem acesso a eletricidade naquela área.
Já o jornal norte-americano Financial Times aponta um cenário complicado na frente de leste da Ucrânia, com diversas unidades tendo que racionar munições para que as unidades militares a norte consigam continuar a ampla operação em Kursk.
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