GUERRA
Rússia recusa negociar paz com a Ucrânia
A Rússia afirmou que não negociará acordos com a Ucrânia mesmo após a incursão lançada por Kiev
Publicado em: 19/08/2024 14:17
(Foto: ALEXEY NIKOLSKY/SPUTNIK/AFP) |
A Rússia afirmou hoje que não negociará acordos com a Ucrânia mesmo após a incursão lançada por Kiev há quase duas semanas na região fronteiriça russa de Kursk. Além disso, o Kremlin confirmou a destruição da terceira ponte nesta região, recusando conversações de paz.
"Nesta fase, diante desta aventura, não vamos discutir. Neste momento seria completamente inapropriado iniciar um processo de negociação", assegurou Yuri Ushakov, conselheiro diplomático do presidente russo Vladimir Putin.
Já o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha dito na última sexta-feira que a operação em Kursk visa pressionar e forçar Moscou a negociações "justas". Apesar de ter afirmado que seu país não pretende ocupar nenhuma área em solo russo.
Nesta segunda-feira (19), Zelensky também reiterou que a ofensiva em Kursk é criar uma zona tampão no território. "Neste momento, a principal tarefa das nossas ações defensivas é destruir o máximo possível do potencial russo, do seu potencial de guerra, e maximizar os nossos contra-ataques. Isto inclui a criação de uma zona tampão no território do agressor e evitar novos ataques de Moscou através da fronteira", disse.
Essa intervenção militar, segundo o líder ucraniano, é que tudo o que inflige danos ao Exército, ao Estado, à defesa ou à economia da Rússia ajuda Kiev a impedir a propagação da guerra e a pôr um fim nela com uma paz justa para a Ucrânia.
No entanto, as negociações entre as duas partes estão completamente paralisadas desde 2022, com o Kremlin insistindo na exigência de que a Ucrânia aceite a anexação de parte do seu território.
Enquanto isso, Zelensky quer desenvolver até novembro, data das eleições presidenciais nos EUA, um plano que sirva de base para uma futura cúpula de paz, na qual a Rússia deve ser convidada.
O exército ucraniano ainda estimou hoje que Moscou perdeu mais de 600 mil soldados, entre mortos e feridos, desde o início da invasão da Ucrânia, há quase dois anos e meio.
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