GUERRA
Negociação de acordo de cessar-fogo em Gaza é retomada
Conversações são reiniciadas no dia em que as mortes no enclave palestino ultrapassaram os 40 mil
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 15/08/2024 11:54 | Atualizado em: 15/08/2024 12:56
Menino caminha por uma poça de água de esgoto, passando por montes de lixo e entulho ao longo de uma rua no campo de refugiados palestinos de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP ) |
Nesta quinta-feira (15), foram retomadas em Doha as negociações para um acordo de trégua na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, afirma a agência de notícias France-Press (AFP).
As conversações na capital catari são reiniciadas no dia em que assinala que as mortes no enclave palestino ultrapassaram os 40 mil, em sua maioria de civis, além de haver cerca de 10 mil corpos desaparecidos nos escombros e 92.401 feridos, dizem as autoridades locais.
Mas, segundo a AFP, suas fontes não informaram especificamente quem participa desta nova rodada de negociações indiretas, que acontece a pedido dos mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito, que querem um acordo de cessar-fogo sem mais demoras.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita indicou que aprovou o envio de uma delegação chefiada por David Barnea, dirigente do Mossad, os serviços secretos de Israel, além do chefe dos Serviços Internos, Ronen Bar, e pelo major-general Nitzan Alon, que supervisiona as conversações em nome do Exército.
Em cima da mesa encontra-se um acordo em três fases que permite a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos em Gaza pela libertação de prisioneiros palestinos em Israel, o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.
No entanto, o Hamas recusou participar desta reunião e exigiu que fosse aplicado o que já foi acordado, com base no plano proposto em maio pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Mas, Washington declarou recentemente que o Catar trabalhou para garantir que o Hamas esteja representado no encontro.
O mediador e enviado especial dos EUA para o conflito Líbano-Israel, Amos Hochstein, ainda acrescentou que essa reunião deverá durar vários dias.
A comunidade internacional também pressiona as partes para que cheguem a um acordo de cessar-fogo, com o objetivo inclusive de deter a escalada de tensões no Oriente Médio, agravadas pela morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh, num atentado em Teerã, que o Irã e o Hamas atribuíram a Tel Aviv, e pelo ataque israelita em Beirute que matou Fuad Shukr, o "número dois" do grupo xiita libanês Hezbollah.
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