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Confrontos entre manifestantes e polícia persistem no Reino Unido
Quase 400 pessoas já foram detidas devido à onda de violência desde o assassinato de três crianças, há uma semana, em uma escola de dança infantil
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 06/08/2024 12:19
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| Policial restringe um manifestante durante uma manifestação convocada por ativistas de extrema direita em Weymouth, na costa sudoeste da Inglaterra (Foto: JUSTIN TALLIS / AFP ) |
Nesta terça-feira, apesar do alerta do governo britânico, retomou os confrontos nas ruas do Reino Unido entre manifestantes da extrema-direita e anti-imigração com as forças policiais.
Na noite de ontem, em Plymouth, no sudoeste do país, policiais também tentaram controlar dois grupos rivais, de um lado, os extremistas e do outro, cidadãos que se juntaram para combater os radicais. De acordo com as autoridades locais, três polícias ficaram feridos.
Até o momento quase 400 pessoas já foram detidas devido à onda de violência desde o assassinato de três crianças, há uma semana, em uma escola de dança infantil.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu sentenças rápidas para os desordeiros e denunciou os atos de ódio da extrema-direita. "Vamos garantir que qualquer pessoa condenada a uma pena privativa de liberdade por distúrbios e desordens terá um lugar na prisão à sua espera", assegurou, hoje de manhã, a ministra da Justiça britânica, Heidi Alexander, em declarações à estação pública britânica BBC.
As autoridades também declararam hoje que disponibilizaram mais de 500 lugares nas prisões até o final do mês para deter os responsáveis pelos tumultos, além de ter mobilizado seis mil polícias especializados.
Os atos de vandalismo e agressão nos protestos tiveram inicio com rumores falsos, que já foram desmentidos pela polícia, sobre o perfil do suspeito, que foi equivocadamente apresentado como um requerente de asilo muçulmano. Na verdade, o suspeito é um jovem de 17 anos de Cardiff, no País de Gales, e de acordo com a mídia britânica, a sua família é de origem ruandesa.
Alguns países, como a Austrália, Nigéria, Malásia e Indonésia, expressaram preocupação com os seus cidadãos que estão de visita no Reino Unido.
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