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CONFLITO

Declarações na Cúpula da OTAN aumentam a tensão com a Rússia e a China

Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte manifestaram profunda preocupação com a aproximação entre os dois países

Publicado em: 11/07/2024 12:45 | Atualizado em: 11/07/2024 12:49

Líderes reúnem-se para uma reunião dos chefes de estado do Conselho do Atlântico Norte, dos Parceiros Indo-Pacífico e da União Europeia, durante a Cúpula da OTAN de 2024 (Foto: KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Líderes reúnem-se para uma reunião dos chefes de estado do Conselho do Atlântico Norte, dos Parceiros Indo-Pacífico e da União Europeia, durante a Cúpula da OTAN de 2024 (Foto: KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), reunidos em uma cúpula em Washington, manifestaram profunda preocupação com a aproximação entre a Rússia e China e com o apoio de Pequim ao esforço de guerra russo na Ucrânia. Num comunicado final, os membros da Aliança Atlântica acusam a China de estar desempenhando um papel decisivo na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ao ter se tornado um grande apoiador da base industrial de defesa de Moscou. 
 
Por sua vez, a China instou a aliança militar que deixe de incitar o confronto entre os blocos, após a acusação de prestar assistência militar a Moscou. “A OTAN deve deixar de fazer alarde sobre uma suposta ameaça da China, deixar de incitar ao confronto e à rivalidade e dar uma maior contribuição para a paz e a estabilidade no mundo", diz o comunicado do porta-voz da missão chinesa junto da União Europeia, na qual destacou ainda que as observações da aliança estão cheias de calúnias.
 
Além disso, para a OTAN a adesão da Ucrânia a organização é irreversível e anunciou o aumento da ajuda a Kiev. Os líderes se comprometeram em fornecer 40 bilhões de euros para apoiar o esforço ucraniano no conflito contra a Rússia.  
 
O Kremlin reagiu e prometeu medidas para combater a grave ameaça da Aliança Atlântica, acusando a OTAN de estar totalmente envolvida no conflito com a Ucrânia. “Somos obrigados a analisar muito profundamente as decisões que foram tomadas na cúpula da OTAN, as discussões que houve e avaliar com muito cuidado o texto da declaração que foi adotada”, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. 
 
“É uma ameaça muito grave para a segurança nacional, que exigirá medidas ponderadas, coordenadas e eficazes para conter a OTAN. Constatamos que os nossos adversários na Europa e nos Estados Unidos não são partidários do diálogo. E, a julgar pelos documentos adotados na cúpula, não são partidários da paz. A Aliança é um instrumento de confrontação, não de paz e segurança. Desde o início, dissemos que a expansão da OTAN para a Ucrânia representava uma ameaça inaceitável para nós. Agora vemos a OTAN a adotar um documento que diz que a Ucrânia vai definitivamente aderir à organização", afirmou Peskov. 
 
A Rússia também acusou o governo de Kiev de tentativas de ataques ao seu país, ao assegurar que abateu na quarta-feira à noite cinco drones ucranianos sobre o seu território, incluindo nos arredores da capital russa. O Ministério da Defesa russo disse que os drones foram destruídos nas regiões de Bryansk, Moscou, Tambov e Tula.
 
Por outro lado, as forças ucranianas têm atacado o território russo com ofensivas aéreas em resposta aos bombardeios em massa do exército russo no território da Ucrânia.
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