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ONU afirma que mais de 50% dos habitantes de Gaza podem enfrentar morte e fome até julho
Dados estão presentes em relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e pelo Programa Alimentar Mundial
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 05/06/2024 15:05
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| Palestino inspeciona a destruição no bairro de Tal Al-Hawa, no sul da cidade de Gaza (Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP ) |
De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) mais de metade da população da Faixa de Gaza poderá enfrentar a morte e a fome até meados de julho. “A situação em Gaza resulta do impacto devastador do conflito em curso, das fortes restrições ao acesso de bens e do colapso dos sistemas agro-alimentares locais”, concluiu o documento.
O relatório destaca também como está exposto às situações mais graves de insegurança alimentar a totalidade da população de Gaza em decorrência da guerra.
“No período relativo entre junho e outubro de 2024, a violência armada e os conflitos continuam a serem as principais causas de insegurança alimentar aguda em numerosos locais, que enfrentam deslocações generalizadas, destruição dos sistemas alimentares e redução do apoio humanitário”, afirmam as instituições.
Por causa do conflito, o relatório acrescenta que é esperado um agravamento ainda maior com o número de mortos, sem precedentes, assim como a destruição generalizada e a deslocação de quase toda a população do enclave palestino.
Já o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths condenou hoje a impunidade desenfreada dos responsáveis por conflitos e mortes de inocentes nos atuais conflitos, apontando em particular a falta de responsabilização pela morte de trabalhadores humanitários em Gaza. "Devido à insegurança, devido aos combates, há cada vez menos trabalhadores humanitários nesses locais para poderem gerir a distribuição. Sabemos do que precisamos e sabemos o que não temos. Precisamos de combustível e não sendo permitido entrar. Precisamos urgentemente de caminhões carregados de alimentos", apelou Griffiths.
O documento da ONU e do PAM ainda relata que 21 países afetados por uma insegurança alimentar aguda poderão ter sua situação ainda mais deteriorada, como é o caso, por exemplo, do Sudão.
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