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GUERRA

Blinken diz que aprovação da proposta de cessar-fogo em Gaza depende do Hamas

Na última sexta-feira, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou a proposta apresentada por Israel

Publicado em: 03/06/2024 13:18 | Atualizado em: 03/06/2024 13:23

 (Foto: Menahem KAHANA / AFP

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Foto: Menahem KAHANA / AFP

 

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou hoje que cabe agora ao Hamas aceitar a proposta para alcançar um cessar-fogo total na Faixa de Gaza, e elogiou ainda a disponibilidade de Israel para chegar a um acordo.

 

Na última sexta-feira, o presidente norte-americano Joe Biden, anunciou a proposta apresentada por Israel, que é dividida em fases e sujeita a condições, e apelou ao Hamas que concordasse.

 

Em um comunicado do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e Blinken conversaram e disseram que a proposta garante a libertação de todos os reféns e aumenta a assistência humanitária em toda a Gaza. “O secretário de Estado norte-americano destacou que a proposta ia servir os interesses de segurança de Israel a longo prazo, inclusive ao permitir a possibilidade de uma maior integração na região", disse Miller, acrescentando que Washington reafirma o firme compromisso dos EUA com a segurança de Israel.

 

Os países mediadores, Catar e Egito, também pediram ao Hamas e a Israel que finalizem o acordo de cessar-fogo com base nos princípios enunciados por Biden. Segundo uma declaração conjunta, a proposta engloba as exigências de todas as partes.

 

A primeira fase do acordo abrange um cessar-fogo de seis semanas acompanhado de uma retirada israelita das áreas densamente povoadas de Gaza, a libertação de alguns reféns, mulheres e doentes, e a libertação de prisioneiros palestinos. As linhas gerais da segunda fase do plano serão negociadas durante o cessar-fogo, de acordo com o Presidente dos Estados Unidos.

 

No caso de negociações conclusivas, os combates cessam definitivamente, todos os reféns regressam para casa e o exército israelita se retira completamente do enclave palestino.

 

No entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sob pressão dos aliado  da coligação de extrema-direita do governo, reiterou que as condições para um cessar-fogo permanente incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns. 

 

Mas, hoje, o ministro da segurança nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acusou Netanyahu de tentar “encobrir” um acordo para terminar o conflito e repetiu a ameaça de renunciar, assim como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, também alertou de novo que deixaria o cargo, caso Israel concordasse com o acordo de paz proposto por Biden. “A única coisa a fazer é aumentar a pressão militar sobre o Hamas. A proposta perigosa de que falou o presidente Biden foi feita pelo gabinete de guerra sem autoridade e contra a lei, e não é vinculativa para o governo de Israel e para o Estado de Israel”, avisou Smotrich.

 

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, indicou que Netanyahu deve finalizar um acordo de cessar-fogo com o Hamas que permita libertar os reféns que estão na Faixa de Gaza. "Não devemos esquecer que, de acordo com a tradição judaica, não há maior mandamento do que resgatar cativos e reféns, especialmente quando são cidadãos israelitas que o Estado de Israel não foi capaz de defender", apontou Herzog

 

Por outro lado, o Hamas se limitou a declarar que considerava as fases propostas positivas, depois de ter reiterado as exigências de um cessar-fogo permanente e de uma retirada total de Israel de Gaza antes de se poder chegar a qualquer acordo. 

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