O porta-voz do Centro Nacional do Ciberespaço do Irã, Hossein Dalirian, ironizou o ataque israelense. “A mídia norte-americana sonhou que Israel atacou o Irã", disse, acrescentando que o Irã abateu três micropássaros. De acordo também com a imprensa local, a defesa aérea iraniana estava em prontidão em várias regiões do país, na expectativa de um ataque israelense.
No entanto, nesta sexta-feira (19), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, revelou que estabeleceu contatos por telefone com Teerã e que o teor da conversa foi transmitido a Israel, a quem Moscou garantiu que o governo iraniano não quer uma escalada, mas que não pode deixar de responder a uma violação grave do direito internacional.
Mais de seis mil quilômetros e muitas horas implicam em uma viagem enorme e muito difícil em torno da Península Arábica, contornando a Arábia Saudita, Omã e o Iêmen, para as forças de Israel poder lançar um ataque ao Irã através do seu próprio território. Com a impossibilidade de sobrevoar ainda o território da Síria e do Iraque, por serem apoiadores de Teerã, a força aérea de Tel Aviv realizou o ataque, com cerca de três drones lançados dentro do próprio território iraniano, muito provavelmente, por forças proxies israelenses (uso de intermediários ou substitutos, de modo a não lutarem diretamente entre si), como possivelmente os curdos.
Os drones atingiram a cidade de Isfahan, a cerca de 400 quilômetros da capital, que foram abatidos pelas tropas iranianas. As explosões não causaram danos, nem vítimas. Segundo a agência de notícias estatal iraniana Tasnim, a forte explosão ouvida perto da cidade Isfahan foi causada por disparos da defesa aérea contra um objeto suspeito.
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