GUERRA
Hamas diz que vai estudar proposta de cessar-fogo de Israel
Representantes de Israel e do Hamas foram enviados ao Cairo no último domingo para conversações e uma nova rodada de negociações
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 09/04/2024 14:00
Hamas afirmou que a proposta de Israel que recebeu dos mediadores do Catar e do Egito não satisfaz a exigências do grupo (Foto: AFP/Arquivos) |
Nesta terça-feira (9), o Hamas afirmou que a proposta de Israel que recebeu dos mediadores do Catar e do Egito não satisfaz a exigências do grupo. "A posição de Israel continua obstinada e não responde a nenhuma das exigências do nosso povo e da nossa resistência. Apesar disso, os líderes do movimento estão estudando a proposta de forma responsável a nível nacional e informarão os mediadores da sua resposta assim que esta análise estiver concluída", diz o comunicado do grupo, que acrescentou a descrição da proposta como intransigente.
Israel e o Hamas enviaram representantes ao Cairo no último domingo para conversações e uma nova rodada de negociações, que incluíram mediadores do Catar, Egito e o diretor da CIA, William Burns. O Hamas recebeu uma proposta de trégua que, segundo os meios de comunicação israelitas, permitiria a libertação de 40 reféns que estão em Gaza em troca de um cessar-fogo temporário e da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
No entanto, o acordo não inclui o regresso dos palestinos deslocados às suas casas ou a retirada completa das forças israelitas do enclave palestino, reivindicações fundamentais do grupo.
Por sua vez, o gabinete de segurança de Israel deverá se reunir hoje à noite precisamente para analisar o curso da guerra, após na segunda-feira dois ministros de extrema-direita terem manifestado o seu desacordo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por este não exercer maior pressão sobre o Hamas.
Mas, Netanyahu tentou acalmar a situação ao anunciar que já existe uma data para o início das operações militares israelitas em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza, onde milhares de palestinos deslocados do norte procuraram refúgio após o início da guerra. A comunidade internacional e os Estados Unidos, principal aliado de Israel, se opõem a estas operações em Rafah.
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