O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, declarou que o Vaticano tenciona pressionar um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. "Em primeiro lugar deveriam ser os agressores russos a parar de atirar", ressaltou Parolin.
As declarações ocorrem após o Papa Francisco ter concedido uma entrevista, na qual apontou que Kiev deveria erguer primeiro a bandeira branca à Moscou. Mas, o Vaticano assegurou depois que o Papa não falou de rendição, mas sim de negociação. “A fórmula da bandeira branca significa uma cessação das hostilidades, uma trégua obtida com a coragem de negociar em vez de uma rendição como foi interpretada”, disse o comunicado do gabinete do sumo pontífice.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, manifestou na ocasião estar desapontado com o líder da igreja católica e que a única bandeira que seria erguida é a Amarela e Azul, ou seja, a da Ucrânia. A diplomacia ucraniana chegou a convocar o representante do Vaticano em Kiev para protestar contra as declarações.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a fala do papa como um apelo às negociações e, ainda acusou o governo de Kiev de não querer terminar a guerra.