Nesta terça-feira (23), na Organização das Nações Unidas (ONU), a Rússia negou as acusações de ‘deportação’ de crianças ucranianas para o seu território após a invasão da Ucrânia, impetradas por Kiev e diversas outras entidades internacionais, reconhecendo ter “acolhido” mais de 700 mil.
O Comitê das Nações Unidas para os Direitos das Crianças, integrado por 18 peritos independentes, examina durante dois dias em Genebra o dossiê e pressiona Moscou para se pronunciar sobre as “alegações de deportação”, procurando saber quantas crianças foram abrangidas, para onde foram enviadas e quais os motivos.
O governo da Ucrânia estima em aproximadamente 20 mil crianças ucranianas enviadas para a Rússia. De acordo com Kiev, e até ao momento, cerca de 400 foram repatriadas pelas autoridades.
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin e a comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, pela “deportação” de milhares de crianças ucranianas.